Qual ação manter na carteira por 20 anos? Três dos maiores gestores brasileiros respondem

Spoiler: papéis indicados são de grandes exportadoras da bolsa

Qual ação você seguraria na carteira por 20 anos? Essa pergunta foi feita recentemente a três dos principais gestores do mercado brasileiro: André Gordon, da TGI; Hegler Horta, da Kapitalo; e Marcio Pereira, da Icatu Vanguarda. A resposta deu o tom de como o trio enxerga o futuro da economia do Brasil.

Gordon, da TGI, e Pereira, da Icatú, acreditam que as melhores ações hoje, quando se olha para um longo prazo, são aquelas menos dependentes da economia local. Por isso, a opção deve se dar entre ações de companhias exportadoras.

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Nesse contexto, a opção dos dois é pela fabricante de papel e celulose Suzano (SUZB3).

“Quando se trata de Brasil, eu não sou acostumado a pensar em prazos longos. A gente gosta de pensar no horizonte de (investimento de) seis meses, no máximo dois ou três anos”, explica André Gordon.

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‘Suzano (SUZB3) vai durar muitos anos’

“Mas, fazendo essa explicação, a Suzano tem uma vantagem. Ela produz um produto básico e tem o menor custo. Então, teoricamente, é uma companhia que vai durar por muitos anos”, explica.

Marcio Luis Pereira, cogestor de renda variável e head de research da Icatu Vanguarda, concorda. “Comprar Suzano é como comprar dólar, mas com um carrego muito baixo”, explica.

“Estou vendo Suzano como um case com potencial de geração de caixa. Ele apresenta uma saúde financeira que se mostrou resiliente em vários períodos. É um case que realmente acho que tende a ser vencedor no longo prazo”, diz.

SLC (SLCE3): agro forte no longo prazo

Para Hegler Horta, sócio da Kapitalo Investimentos, os negócios campeões para o longo prazo no Brasil estarão conectados ao agro.

“É um setor onde a gente tem uma vantagem competitiva bem relevante. Conta com uma vantagem frente os competidores que é muito difícil alguém substituir”, afirma.

Para ele, o grande player e, como plus, comercializado abaixo do preço é a SLC Agrícola (SLCE3), gigante produtora de commodities agrícolas.

“O nosso target para ela é perto de R$ 30 (hoje, é comercializada a R$ 18). Não é um upside tão relevante. Mas ela é uma empresa muito interessante”, diz.

Segundo Horta, a empresa conta com um banco de terras próprias importante. “Ela arrenda mais ou menos um pouco mais do que tem em terras próprias”, conta.

“Mas chama a atenção a produtividade média, que é em torno de 3%, 4% acima da média nacional”, explica.

“É uma empresa extremamente complexa quando você vai tentar fazer o valuation. A gente usa até a simulação de Monte Carlo, você precisa aprender preço de soja, preço de milho, câmbio e etc. Mas eu acho que assim, salvo uma hecatombe que destruísse toda a safra, não vejo problemas”, afirma.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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