Veja títulos do Tesouro Direto para investir hoje com a nova alta da Selic

Confira as dicas do Itaú BBA para se posicionar e buscar bons retornos na renda fixa agora

Na véspera de uma nova decisão do Copom, que deve elevar a taxa Selic hoje de 14,25% para 14,75% ao ano, o Itaú BBA divulgou a sua estratégia de renda fixa para maio de 2025. O banco traz uma lista de títulos do Tesouro Direto e títulos isentos de Imposto de Renda para ter na carteira agora.

No relatório do time de estrategistas liderado por Lucas Queiroz, o Itaú BBA segue vendo espaço para ganhos adicionais na renda fixa (simule aqui quanto a sua aplicação pode render em 12 meses). Em especial, como mostra o texto, na parte intermediária e longa da curva de juros.

“O mercado continua projetando uma Selic terminal ao redor de 15% ao ano, com a próxima decisão do Copom ainda devendo entregar mais um ajuste de 0,50 ponto percentual”, aponta o time do BBA.

“No entanto, a queda nas expectativas de inflação futura, refletida na inflação implícita de 5 anos — que recuou de 6,60% para 6,00% em abril — e o fechamento expressivo das taxas reais de longo prazo sugerem que o cenário de política monetária ultra restritiva pode começar a perder tração nos próximos meses, especialmente se os fatores externos seguirem colaborando”, acrescenta a equipe

Onde investir meu dinheiro na renda fixa agora?

Diante do cenário, de taxa Selic rondando 15% ao ano, o Itaú BBA manteve as três frentes de alocação recomendadas na renda fixa. Conforme o relatório, títulos prefixados com prazo de cerca de 3 anos continuam atrativos.

“Mesmo após o fechamento parcial das taxas em abril. O carrego segue elevado e a sensibilidade desses papéis a um eventual encerramento do ciclo de alta da Selic permanece relevante, especialmente se houver reprecificação do cenário terminal”, escreve a equipe do banco.

Títulos IPCA+ com prazos a partir de 5 anos, na visão do Itaú BBA, seguem como a principal alternativa para capturar o processo de desinflação previsto para os próximos anos

“Sem abrir mão de proteção contra surpresas inflacionárias. A taxa real de 5 anos recuou em abril, mas ainda está acima de 7,4% ao ano — patamar historicamente elevado. Além disso, a inflação implícita já embute prêmios relevantes associados ao risco fiscal”, prossegue o time de especialistas.

Já títulos pós-fixados, como Tesouro Selic e CDBs DI, o banco considera que continuam sendo a melhor opção para investidores com horizonte de até 2 anos.

“O carrego oferecido permanece elevado, e a visibilidade sobre cortes no curto prazo ainda é baixa. Essa classe segue eficiente tanto para alocações defensivas quanto para compor caixa em carteiras mais diversificadas.”

Melhor Tesouro Direto hoje

Tesouro Selic 2028

“O ciclo de alta da taxa Selic aumenta a rentabilidade dos títulos pós-fixados, mantendo retornos elevados tanto em termos nominais quanto em termos reais (acima da inflação).

A situação é esperada que se mantenha ao menos até o final de 2026, explicando nossa sugestão no Tesouro Selic 2028, que cumpre as funções de prover liquidez à carteira, amortecer a volatilidade e continuar a rentabilizar o capital acima da taxa de inflação.”

Tesouro Prefixado 2028

“A precificação de que a taxa Selic alcançará patamar ao redor de 15% a.a. em 2025, se mantendo acima de 14,0% a.a. nos anos subsequentes gera atratividade aos títulos prefixados de prazo intermediário (vértices próximos a 3 anos), dado que acreditamos em trajetória mais branda para a taxa Selic a partir do próximo ano.

“Assim, recomendamos o Tesouro Prefixado 2028 para investidores que possuem horizonte de investimento superior a 2 anos.”

Tesouro IPCA+ 2040

“Nos trechos mais longos, continuamos otimistas com o carrego de títulos atrelados ao IPCA.

Embora seja esperada continuidade do cenário de taxa Selic elevada nos próximos trimestres, em horizontes mais longos o retorno de títulos pós-fixados deve convergir para o nível de equilíbrio ao redor de 5,0% a.a. acima da inflação, abaixo portanto dos níveis oferecidos nos títulos indexados à inflação.”

Como investir na renda fixa privada?

Rumo (RUMOA2)

“É o maior grupo independente de logística ferroviária do Brasil. Atua com foco no transporte ferroviário e multimodal, com infraestrutura que inclui mais de 13,5 mil km de linhas ferroviárias, 9 terminais de transferência (transbordo) de carga e 4 terminais portuários.

A Rumo possui sólido perfil de crédito, suportado por uma operação robusta, alavancagem em níveis controlados e conservadora posição de caixa, capaz de cobrir quase integralmente a dívida dos próximos 5 anos.”

Taesa (TAEEC4)

“A Taesa se beneficia de uma extensa base de ativos de transmissão de energia com receitas altamente previsíveis, que são ajustadas pela inflação, e margens elevadas, que mitigam a alavancagem relativamente alta decorrente de seu plano de expansão.

Além disso, a companhia possui um perfil de endividamento alongado e um forte acesso ao mercado de capitais que garante captações estratégicas que fornecem a liquidez necessária para suportar o crescimento da companhia.”

Atacadão/Carrefour Brasil (CRA02300W3Q)

“Carrefour Brasil é o maior varejista de alimentos do país, com mais de 1.000 lojas e 31 milhões de m² de área de vendas distribuídas por todo o território nacional.

O grupo possui diversos modelos de lojas, sendo os principais: i) 379 atacarejos (sob a marca Atacadão); ii) 112lojas de hipermercados (bandeira Carrefour); iii) 58 lojas Sam’s Club; além de supermercados, lojas de conveniência, drogarias e postos de combustível.

O grupo também possui um braço imobiliário (Carrefour Property) com mais de 400 imóveis próprios e 18 milhões de m²,e uma participação de 51% no Banco CSF, que oferece financiamento ao consumidor.”

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