12 opções de carteira de investimento a curto prazo para diferentes perfis

Especialistas trazem estratégias de alocação para investidores conservadores, moderados e arrojados

Para quem deseja investir e obter retorno da aplicação em até um ano, é preciso primeiro detectar o perfil de risco.

É importante sempre levar em consideração também o atual cenário econômico local e internacional. A taxa Selic em 14,25% ao ano, por exemplo, abre uma série de oportunidades rentáveis. Isso, por exemplo, atrai capital estrangeiro, afirma Vitor Agnello, analista educacional da CM Capital.

Pensando em como gastar menos para investir mais? Inscreva-se agora e tenha acesso gratuito à 'Planilha de Controle Financeiro'. É só baixar e começar!

Com a inscrição você concorda com os Termos de Uso e Política de Privacidade e passa a receber nossas newsletters gratuitamente

Opções de carteira de investimento de curto prazo

A Inteligência Financeira conversou com alguns especialistas, que sugeriram diferentes estratégias de alocação, dependendo dos perfis. Confira.

1. Conservador e a busca pela segurança

A primeira opção de carteira de investimento é direcionada ao perfil conservador. Nesse caso, o foco é ativos de alta liquidez, com vencimentos máximos de 6 meses a um ano, ensina Eduardo Barreto, diretor de alocação da Faz Capital.

Últimas em Investimentos

A pedido da Inteligência Financeira, ele, Ângelo Belitardo, gestor da Hike Capital, e Rafael Leuzinger, especialista em investimentos do Grupo Fractal e Vitor Agnello, da CM Capital, indicaram suas estratégias.

Investimentos a curto prazo para perfil conservador

Autor da carteiraEstratégia de investimento de
curto prazo perfil conservador
Eduardo Barreto, da Faz Capital 75% em renda fixa pós-fixada;
15% em ativos atrelados a inflação;
10% em renda fixa prefixada

“A escolha desse percentual baixo no prefixado se dá porque não há o fator tempo a favor para que haja uma queda da taxa Selic e o ativo performe acima da taxa de referência”, esclarece Barreto.
Ângelo Belitardo, da Hike Capital• 15% em títulos prefixados públicos/bancários;
15% em títulos de renda fixa pós-fixados CDI com liquidez diária;
10% em fundos de investimento em renda fixa com liquidez diária;
30% em FIC | FIDCs com prazo de resgate entre 30 e 90 dias;
15% em fundos de investimento em debêntures incentivadas indexadas ao CDI com prazo de resgate em 30 dias;
15% em fundos multimercado em crédito privado (bonds e debêntures) com prazo de resgate entre 45 e 75 dias.
Rafael Leuzinger, do Grupo Fractal 50% em LCI/LCA com vencimento em até um ano (produtos isentos de Imposto de Renda para pessoa física);
30% em CDBs de curto prazo de instituições financeiras sólidas;
20% em fundos de investimento de liquidez diária (focados em títulos públicos ou bancários).
Vitor Agnello, da CM Capital 60% em LCI;
30% em IPCA+ com vencimento mais curto e taxa pós-fixada;
10% em CDB de liquidez diária.

2. Perfil moderado: segurança e um pouco de risco

O próximo grupo de investidor é aquele tipo que aceita a exposição a ativos de risco e volatilidade. “Esse mescla o objetivo de segurança com uma pequena necessidade de rentabilidade da carteira, acima do padrão de mercado”, comenta Barreto.

Investimentos a curto prazo para perfil moderado

Autor da carteiraEstratégia de investimento de
curto prazo para moderado
Eduardo Barreto, da Faz Capital 60% em renda fixa, sendo 20% em inflação;
20% em renda variável Brasil, distribuído entre fundos imobiliários, ações de dividendos e fundos multimercado;
20% em investimentos internacionais, voltados majoritariamente para renda fixa global, aproveitando as altas taxas de juros americanas.
Ângelo Belitardo, da Hike Capital 10% em títulos prefixados públicos/bancários;
10% em títulos de renda fixa pós-fixados com CDI de liquidez diária;
30% em FIC FIDCs com prazo de resgate entre 30 e 90 dias;
25% em fundos de investimento em debêntures incentivadas indexadas ao CDI com prazo de resgate em 30 dias;
25% em fundos multimercado em crédito privado (bonds e debêntures) com prazo de resgate entre 45 e 75 dias.
Rafael Leuzinger, do Grupo Fractal 50% em fundos de investimentos (diversificados entre títulos públicos, bancários e crédito corporativo);
30% em LCI/LCA de bancos sólidos;
20% em CDBs com taxas competitivas.
Vitor Agnello, da CM Capital 60% dos ativos oriundos da carteira conservadora;
40% provenientes da carteira arrojada, focando principalmente em ações e ativos de maior risco.

“Esse mix permite aproveitar as oportunidades de valorização do mercado, mantendo um grau de segurança proporcionado pela renda fixa”, explica o especialista.

3. Investidor arrojado: bons retornos e alta volatilidade

O último perfil de investidor é aquele que busca ativos de risco, com potencial de crescimento e retornos expressivos, mesmo que tudo isso traga maior volatilidade para a carteira.

Investimentos a curto prazo para perfil arrojado

Autor da carteiraEstratégia de investimento
de curto prazo para arrojado
Eduardo Barreto, da Faz Capital 35% em ativos de renda fixa pós-fixado, sendo desses, 25% em inflação de crédito privado;
35% em renda variável, majoritariamente em uma carteira de ações voltada para o crescimento e alocação, também, em estratégias de private equity;
30% em ativos Internacionais, com carteiras de stocks, ETFs e criptomoedas.
Ângelo Belitardo, da Hike Capital 10% em títulos prefixados públicos/bancários;
10% em títulos de renda fixa pós-fixados com CDI de liquidez diária;
20% em FIC FIDCs com prazo de resgate entre 30 e 90 dias;
10% em fundos de investimento em debêntures incentivadas indexadas ao CDI com prazo de resgate em 30 dias;
10% em fundos multimercado em crédito privado (bonds e debêntures) com prazo de resgate entre 45 e 75 dias;
40% em ações, sendo 4% para cada um dos dez seguintes papeis: Panvel Farmácias (PNVL3), Pague Menos (PGMN3), Ânima Educação (ANIM3), Vamos (VAMO3), Movida (MOVI3), EcoRodovias (ECOR3), Fleury (FLRY3), Desktop (DESK3), BB Seguridade (BBSE3) e Eletrobras (ELET3).
Rafael Leuzinger, do Grupo Fractal 60%: Fundos de crédito privado;
20%: LCI/LCA com taxas atrativas;
20%: Fundos de liquidez diária.
Vitor Agnello, da CM Capital 20% em ativos de renda fixa;
80% em ações e ativos de setores específicos que tendem a se beneficiar da taxa de juros elevada, sempre com foco em uma diversificação adequada.

“Por exemplo, o setor financeiro, como as ações de Caixa Seguridade (CXSE3), Banco do Brasil (BBAS3) e Porto Seguro (PSSA3), podem ser atrativos nesse contexto, dado que as instituições financeiras tendem a se beneficiar de um cenário de juros altos”, diz o Agnello.

Revisar a carteira é fundamental

Independentemente de qual seja a escolha, é importante periodicamente revisar a estratégia, afirma os especialistas. Como o tempo de vencimento dos produtos é menor, existe o risco de os recursos ficarem desalocados caso não haja nova destinação imediata.

Além disso, as decisões do Copom sobre a taxa Selic, que ocorrem a cada 45 dias, impactam significativamente as carteiras de curto prazo, dada sua maior sensibilidade a mudanças na taxa básica de juros. “Por isso, recomenda-se uma revisão eficiente a cada três meses, acompanhada da atualização quanto à trajetória da Selic”, ensina Rafael Leuzinger.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


Últimas notícias

VER MAIS NOTÍCIAS