Investimento milagroso? CVM alerta sobre CFD, derivativo não regulado que cresce no mercado
CFD é negociado por plataformas estrangeiras e disseminado por influencers como se fosse uma operação simples
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai lançar nesta sexta-feira (16) um vídeo de alerta sobre a onda de ofertas de contratos de diferenças (CFD, na sigla em inglês).
Segundo a autarquia, o produto é negociado por plataformas estrangeiras e oferecido por influencers como se fosse uma aplicação simples. No entanto, é complexa e de alto risco. Pior: não tem regulação para operar no país.
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O vídeo tem apoio da B3, da Planejar, que certifica os planejadores financeiros, e da Associação nacional das Corretoras de Valores (Ancord).
O material foi produzido em virtude da Semana Nacional de Educação Financeira, que acontece até este final de semana.
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CFD: o que é e como funciona?
Os CFDs, ou contratos de diferença, são derivativos para especular a variação de preços de produtos financeiros, seja ele índice, ações, moedas, ETFs, commodities e até criptomoedas.
Eles se aproximam de um contrato futuro, porém muito mais arriscado, já que segundo a CVM não possuem vencimento, não são negociados em mercado regulado de bolsa, não possuem contraparte central e nem padronizações.
“Trata-se de uma operação entre uma entidade, muitas vezes estrangeira, e o investidor pessoa física para negociação de diferença de preço entre abertura e fechamento da posição de um ativo que serve de referência”, descreve a CVM.
Cartilha com alerta sobre perdas com CFD
A entidade lançou recentemente uma cartilha como alerta a esse tipo de produto, que permite inclusive operações alavancadas, chamadas de “mecanismo de margem”.
A “margem” é um mecanismo que permite aos investidores negociarem um volume maior de dinheiro, aplicando apenas uma parte dele.
Em alguns brokers, a margem é de 1.000 para 1, permitindo ao investidor fazer uma operação com o valor de referência de US$ 100 mil, depositando apenas US$ 100.
“Essa estrutura permite auferir maiores lucros, mas também possibilitando maiores perdas”, aponta a CVM.
“A lógica é a mesma – como o valor que se pode negociar em um determinado investimento é multiplicado, o mesmo também ocorre com os resultados, sejam eles positivos ou negativos”, destaca.
