Bitcoin se recupera e ultrapassa US$ 105 mil após queda
O bitcoin (BTC) se recuperou da queda registrada mais cedo e agora volta a ser negociado acima dos US$ 105 mil. A moeda digital seguiu a melhora do humor nos mercados tradicionais também, com as bolsas americanas saindo de queda para quase estabilidade nesta tarde.
Mais cedo, os ativos de renda variável globalmente eram impactados de maneira muito negativa pela notícia do rebaixamento da nota soberana de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s.
Os EUA deixaram de ter rating Aaa para se tornar Aa1, em meio a preocupações com o ambiente fiscal do país. A repercussão do caso fez o bitcoin sair de US$ 107 mil para US$ 102 mil entre a abertura das bolsas asiáticas e das europeias.
Perto das 10h29 (horário de Brasília), o bitcoin sobe 0,6% em 24 horas, cotado a US$ 105.095 e o ether, moeda digital da rede Ethereum, tem alta de 2,3% a US$ 2.507, conforme dados do CoinGecko.
O valor de mercado somado de todas as criptomoedas do mundo atualmente é de US$ 3,43 trilhões. Em reais, o bitcoin apresenta valorização de 0,7% a R$ 598.436, de acordo com valores fornecidos pelo Cointrader Monitor.
Entre as altcoins, o XRP, token de pagamentos internacionais da Ripple, cai 1% a US$ 2,38. Já a solana tem perdas de 2,6% a US$ 165,31 e o BNB (token da Binance Smart Chain) avança 0,6% a US$ 647,70.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, o mercado de derivativos de criptomoedas estava aquecido com os ganhos semanais constantes do BTC e de outras criptos, razão por que a realização de lucros pela manhã levou à liquidação de US$ 600 milhões de contratos futuros.
“Como a maioria era de posições compradas, esses investidores eram obrigados a vender automaticamente seus tokens, o que acentuou a queda para além de uma ‘realidade’. Nestes casos, é natural que ocorra um repique para um nível mais ‘adequado’ de preços”, avalia Fernandes.
Usando análise técnica, Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio, diz que um forte volume vendedor alcançou o bitcoin quando a moeda digital atingiu seu topo, sugerindo uma continuidade da queda até o suporte dos US$ 100.800.
“Caso esse suporte seja rompido para baixo, o preço do bitcoin poderá buscar a região de liquidez dos US$ 94.700”, afirma Ana.
Contudo, a analista avalia que, em caso de retomada da força compradora, o bitcoin pode buscar níveis mais altos, com os patamares de US$ 108.200 e US$ 112.800 servindo como os próximos pontos de resistência.
Nas bolsas americanas, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq operam perto da estabilidade, conforme os investidores deixam para trás os temores a respeito do corte do rating dos EUA e se atentam a outras notícias.
À “CNBC” internacional, o analista Ross Mayfield, da Baird, disse que o relatório da Moody’s não apontou nada que todo investidor já não saiba sobre a situação fiscal dos EUA.
Com informações do Valor Econômico
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