Tem idade mínima para investir na previdência privada? Especialista responde: ‘Pior planejamento é não ter planejamento’

Entenda como a previdência privada pode ser um caminho viável, especialmente para quem começa mais tarde
🤖 Leia o resumo feito pelo Flash, nossa ferramenta de Inteligência Artificial
  • Poucos brasileiros investem para a aposentadoria, mas a previdência privada pode ser a solução.
  • Especialista afirma que começar mais tarde ainda é possível, com bom planejamento.
  • Pontos importantes: taxas de administração, perfil de risco, tributação, prazo e escolha entre PGBL ou VGBL.
  • Erros comuns: considerar investimento de curto prazo, ignorar taxas e não considerar perfil e objetivos.
  • O pior planejamento é a ausência de planejamento. Planeje sua aposentadoria!
LER RESUMO

Poucos brasileiros pensam no longo prazo quando o assunto é dinheiro. Segundo dados da 8ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, apenas uma em cada dez pessoas investe com foco na aposentadoria. Mas, mesmo com o tempo correndo, ainda é possível virar esse jogo. E a previdência privada pode ser um caminho viável, especialmente para quem começa mais tarde.

Segundo Kaciane Maciel, superintendente de investimentos da ZIIN Investimentos, o comportamento imediatista do brasileiro tem raízes históricas. “Vivemos muitos anos sob o impacto da inflação alta, o que reforçou o foco no presente”, explica.

Além disso, o consumo facilitado por crédito também desvia a atenção do futuro. Outro ponto destacado por Kaciane é a crença equivocada de que se investe apenas com o que sobra no fim do mês. E quase nunca sobra.

Previdência privada vale pra quem começa tarde?

Sim, e muito. Mesmo que o ideal seja começar cedo, Kaciane garante que nunca é tarde.

“Com um bom planejamento, mesmo quem inicia aos 40 pode acumular um valor relevante até a aposentadoria”, afirma. Mas ela reforça que é essencial observar alguns pontos antes de escolher um plano:

  • Taxas de administração: quanto menores, melhor para a rentabilidade no longo prazo.
  • Perfil de risco: optar entre renda fixa, multimercado ou variável depende dos seus objetivos.
  • Tributação: é preciso entender a diferença entre a tabela progressiva e a regressiva.
  • Prazo: previdência é investimento de longo prazo, e isso precisa estar claro.

PGBL ou VGBL: qual escolher?

Essa decisão depende, principalmente, da forma como você declara o Imposto de Renda.

O PGBL é indicado para quem faz declaração completa e contribui para o INSS. Oferece benefício fiscal, com dedução de até 12% da renda bruta anual.

Já o VGBL é ideal para quem faz declaração simplificada ou é isento. Nesse caso, o IR incide apenas sobre os rendimentos no resgate, e não sobre o valor total. Kaciane lembra que o VGBL também é uma boa ferramenta de planejamento sucessório.

Os erros mais comuns

Um dos erros mais comuns ao contratar um plano de previdência é achar que esse é um investimento de curto prazo. “Resgatar cedo pode gerar cobrança de IR altíssima e acabar com os benefícios fiscais”, alerta Kaciane.

Outro erro destacado pela especialista é ignorar as taxas cobradas, que impactam diretamente na rentabilidade ao longo do tempo. Assim, é fundamental analisá-las com atenção antes de contratar um plano.

Além disso, entrar em um plano sem considerar o perfil e objetivos pode gerar frustração. Por isso, contar com um especialista de confiança pode fazer a diferença. Dito isso, não importa a idade: ter um plano de aposentadoria é essencial. “O pior planejamento é não ter planejamento algum”, diz Kaciane.

Leia a seguir

Pular para a barra de ferramentas