XP inicia cobertura de Suzano (SUZB3) e vê setor de celulose como blindagem de incertezas no Brasil

Empresas citadas na reportagem:
A XP iniciou cobertura de Suzano com recomendação de compra e preço-alvo em R$ 72,90, potencial de alta de 49,2% sobre o fechamento de ontem. A gestora tem uma visão positiva sobre o setor de papel e celulose em meio às incertezas no Brasil.
Também reduziram preço-alvo de Klabin de R$ 31,20 para R$ 26,80, potencial de 35,7%, reiterando recomendação de compra. Elevaram o de Irani de R$ 8 para R$ 9,40, potencial de 14,7%, reiterando recomendação neutra.
Os analistas liderados por André Vidal escrevem que os preços da celulose no mercado internacional mostraram resiliência em 2022, se mantendo acima das expectativas, o que não aconteceu com as ações das empresas, já precificando queda na commodity.
Eles explicam que as empresas acabam se tornando boa opção de investimento por já terem incorporado a queda da celulose, que deve ficar em torno de US$ 650 a tonelada em 2023, nos seus múltiplos.
Além disso, como a receita dessas empresas é indexada, em sua maioria, em dólar, acaba sendo opção para se afastar das incertezas políticas e fiscais do Brasil neste ano. A companhias também não devem ser alvo de aumento de impostos, mantendo receitas.
Sobre Suzano, a XP destaca que a empresa se beneficia de escala por ser a líder no mercado brasileiro de celulose e está aumentando sua capacidade de produção, o que deve reduzir custos. A companhia também tem boa agenda de sustentabilidade.
No caso de Klabin, os analistas veem a companhia com um fluxo de caixa previsível e estável, com pagamento regular de dividendos. A redução de investimentos, com o fim do Projeto Puma II deve reduzir a aversão dos investidores sobre os papéis.
Já Irani, com exposição alta ao mercado de embalagens, fica atrelada ao consumo e desempenho econômico, reduzindo sua atratividade. No entanto, a empresa vem aumentando produção, o que reduz custos e aumenta volumes, a preparando para uma retomada.
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