Suzano fatura menos no 2° tri, mas ganho financeiro protege lucro

Preços da celulose caíram no mercado internacional, mas ganhos financeiros fizeram o lucro crescer 28 vezes no comparativo anual

Empresas citadas na reportagem:

A queda nos preços da celulose e a valorização do real frente ao dólar pressionaram os resultados da Suzano (SUZB3) no segundo trimestre.

Porém, a queda no custo de produção e um importante ganho nos resultados financeiros amorteceram fortemente o impacto sobre o lucro.

A companhia, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, anunciou nesta quarta-feira (2) que seu lucro de abril a junho somou R$ 5,08 bilhões, queda de 3% na base sequencial, mas um salto de 28 vezes em relação ao apurado um ano antes.

Queda de preços

A receita líquida da Suzano no trimestre foi de R$ 9,16 bilhões, queda de 20% ano a ano, refletindo sobretudo a queda nos preços internacionais da celulose.

O resultado operacional da Suzano medido pelo lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação (Ebitda na sigla em inglês) somou R$ 3,.919 bilhões, queda de 38%. A margem caiu 12 pontos percentuais, a 43%.

Em contrapartida, o resultado financeiro foi positivo em R$ 4,536 bilhões. No segundo trimestre de 2022, essa linha tinha sido negativa em R$ 7,478 bilhões.

Essa variação refletiu entre outros fatores os ganhos com operações de derivativos financeiros.

Projeto Cerrado

A Suzano informou ainda que seu Projeto Cerrado, no Mato Grosso do Sul, atingiu 70% e o início das operações deve acontecer até junho de 2024.

O projeto, deve envolver investimento total de R$ 22,2 bilhões de reais.

A expectativa é de que a nova planta tenha capacidade nominal de 2,55 milhões de toneladas de produção de celulose de eucalipto ao ano.

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