Itaú agora vê fim do ciclo de alta com Selic em 14,75%

Banco projeta cortes apenas ao longo de 2026, quando a taxa de juros deverá baixar para 12,75%

Fim do ciclo de alta da Selic, mas longe dos cortes. Isso é o que aponta o Itaú Unibanco em relatório divulgado nesta sexta-feira (16). O documento é assinado por Mario Mesquita, economista-chefe do banco.

“Passamos a esperar taxa Selic estável em 14,75% a.a. até o final do ano. Em sua comunicação recente, o Banco Central parece ter ganhado confiança de que a política monetária está em patamar significativamente contracionista e que a atividade está desacelerando, com sinais de arrefecimento no mercado de trabalho e inflexão em algumas linhas de crédito.”

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“Soma-se a isso a aparente escolha pela estratégia de manutenção de juros elevados por tempo prolongado, que de acordo com as nossas simulações, com Selic estável em 14,75% gera projeção de inflação no horizonte relevante (4T26) em torno de 3,3% – provavelmente próxima o suficiente da meta para o comitê.”

Quando a Selic vai cair?

No mesmo relatório, o Itaú Unibanco manteve para 2026 a expectativa de queda da Selic.

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“Não vislumbramos espaço para cortes de juros esse ano, diante das expectativas desancoradas e da atividade ainda resiliente. Projetamos cortes apenas ao longo de 2026, quando a taxa de juros alcançará o nível de 12,75%”, aponta o relatório assinado por Mario Mesquita.

IPCA hoje

No cenário para a inflação no Brasil, o Itaú manteve a projeção para o IPCA em 5,5% em 2025 e 4,4% em 2026.

“Avaliamos que os riscos baixistas e altistas para a inflação estão balanceados em 2025. Por um lado, a provável diminuição do fluxo comercial entre China e Estados Unidos e o nível menor de preços de commodities metálicas pode se traduzir numa inflação de industriais mais benigna. Por outro lado, a redução no volume de chuvas aumenta a probabilidade de acionamento de bandeiras tarifárias amarela ou vermelha no final do ano.”

“Para 2026, o balanço de riscos é assimétrico. O mercado de trabalho ainda pressionado e a persistência de expectativas de inflação desancoradas no horizonte mais longo são os principais riscos de alta.”

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