Lula demite presidente do INSS após operação da PF que investiga fraudes em aposentadorias

A razão da demissão foi a decisão da Justiça Federal de afastá-lo do cargo foi uma operação da PF que investiga um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões
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  • O presidente Lula demitiu o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, após operação da PF que investiga fraudes em aposentadorias.
  • A Justiça Federal afastou Stefanutto do cargo devido à investigação de descontos indevidos em benefícios previdenciários.
  • Stefanutto havia autorizado investigação interna no INSS sobre o esquema, mas foi demitido mesmo assim.
  • O esquema envolve associações de fachada e descontos ilegais na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
  • Uma portaria para exigir biometria na autorização de descontos foi editada, mas ainda não foi implementada.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a demissão, nesta quarta-feira, do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto. A informação foi confirmada ao Valor por uma fonte do Palácio do Planalto.

A razão da demissão foi a decisão da Justiça Federal de afastá-lo do cargo, devido à operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta-feira (23) que investiga um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões a título de mensalidade associativa.

Segundo apurou o Valor, Stefanutto disse a interlocutores que ficou surpreso com o seu afastamento, já que ele próprio havia autorizado uma investigação interna no INSS por conta do provável envolvimento de servidores do órgão no esquema irregular.

O Valor apurou que Lula foi informado na manhã desta quarta da operação da PF e, a partir disso, passou a avaliar a demissão do auxiliar.

Diante da situação, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, decidiu não se opor à decisão de demitir Stefanutto.

Como funcionava o suposto esquema de fraude

A provável fraude nos descontos a título de mensalidade associativa já era de conhecimento da cúpula do INSS desde, pelo menos, 2023.

No ano passado, o então diretor de benefícios do INSS, André Fidelis, foi demitido do cargo por suspeita de envolvimento com o esquema, que envolve associações de fachadas e descontos indevidos na folha de pagamento dos aposentados e pensionistas.

Também na mesma época, foi editada uma portaria do INSS para exigir biometria do segurado na autorização do desconto a título de mensalidade associativa. O objetivo era evitar fraudes.

Contudo, a biometria ainda não chegou a ser implementada, devido a atrasos no sistema operacional da Dataprev.

*Com informações do Valor Econômico

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