Congresso defende PL da Reciprocidade após fala de Alckmin sobre tarifas de Donald Trump
Parlamentares reagem à declaração de Alckmin sobre o PL da Reciprocidade, aprovado para retaliar medidas protecionistas dos EUA

Após o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, afirmar que o Brasil não pretende utilizar o projeto de lei (PL) da Reciprocidade diante do tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parlamentares se manifestaram em favor da decisão do poder legislativo.
A proposta, aprovada pelo Congresso, estabelece mecanismos para o Brasil retaliar barreiras comerciais ou medidas protecionistas adotadas por outros países. Na quarta-feira, Trump anunciou a imposição de uma alíquota de 10% para produtos do país. Antes, já havia estabelecido 25% para o aço e o alumínio brasileiros.
Pensando em como gastar menos para investir mais? Inscreva-se agora e tenha acesso gratuito à 'Planilha de Controle Financeiro'. É só baixar e começar!
Decisão do parlamento
Aliado de primeira hora do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) criticou a fala de Alckmin e disse que a matéria foi consensual no parlamento.
“Em um quadro polarizado, o Congresso se uniu. Em apenas uma semana dotou o Brasil de uma lei de reciprocidade. O executivo não é obrigado, mas deveria observar o clamor social, a vontade política e as reações pelo mundo. Diplomacia não é covardia”, publicou Calheiros ao compartilhar a manifestação do vice-presidente.
Últimas em Política
Já o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) enviou um ofício para a Casa Civil sugerindo ações para proteger o agronegócio brasileiro dos impactos caudados pelo tarifaço de Trump.
Mecias pede a sanção imediata do PL da Reciprocidade pelo presidente Lula. Propõe também um encontro entre representantes do legislativo e do executivo com o setor produtivo para a construção de estratégias conjuntas para negociar com os Estados Unidos e outros países.
“A elevação unilateral dessas tarifas compromete a competitividade do nosso agronegócio, afeta cadeias produtivas inteiras e ameaça a geração de empregos e divisas para o país. O Brasil precisa agir com firmeza e unidade para proteger os interesses nacionais”, pontuou Mecias.
*Com informações do Valor Econômico