Novo consignado privado estimula ambiente de crédito mais estável e inclusão financeira, diz Fitch
A Fitch destaca o potencial do novo consignado privado para estabilizar o crédito e promover a inclusão financeira, mas aponta riscos operacionais e de endividamento

O novo consignado privado, lançado pelo governo no mês passado, pode resultar em um ambiente de crédito mais estável e aumento da inclusão financeira, segundo afirma a Fitch em relatório.
A agência de rating aponta que o perfil de risco de alguns bancos pode melhorar ligeiramente, pois o fato de a linha ter uma garantia eleva a proteção das carteiras.
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“Uma proporção maior de operações de crédito com garantia nas carteiras das instituições, em detrimento de operações de crédito ao consumidor sem garantias, deve reduzir os índices de perda, devido à combinação de menor inadimplência e mais recuperações”, aponta o relatório.
A agência ressalta que ainda há incertezas quanto a aspectos operacionais, inclusive a execução de garantias, que ainda não está clara, o que gera preocupações sobre a eficiência do processo em caso de inadimplência.
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“A velocidade de implementação do novo produto também suscita questões sobre o preparo dos sistemas de tecnologia da informação dos bancos para garantir segurança e eficiência nas operações”.
Risco de aumentar endividamento das famílias
O relatório lembra ainda que a maior disponibilidade de crédito pode aumentar o endividamento das famílias, comprometendo a capacidade de acessar outros tipos de financiamento quando necessário.
“O risco de sobrecarga financeira demandará monitoramento cuidadoso à medida que o programa evolui”.
De qualquer forma, a Fitch diz que a nova linha aumentará a concorrência, ao remover barreiras à entrada, especialmente a bancos de pequeno porte e fintechs, que foram os primeiros a adotá-la.
“A iniciativa também pode dar acesso ao sistema bancário a milhões de trabalhadores que hoje não são elegíveis ou não têm acesso a produtos de crédito tradicionais”.
Segundo a Fitch, a nova linha já desembolsou R$ 4,4 bilhões, por meio de 783.064 contratos.
*Com informações do Valor Econômico