Lucro da Nike cai 32,13% no 3º tri fiscal, para US$ 794 mi; ações sobem no pós-mercado
A Nike registrou queda significativa de 32% em seu lucro no terceiro trimestre fiscal, mas suas ações subiram no pós-mercado. A empresa aponta reestruturação e novas parcerias como parte de seu plano de recuperação.
A fabricante de artigos esportivos Nike encerrou o terceiro trimestre fiscal com lucro líquido de US$ 794 milhões, equivalente a US$ 0,54 por ação, 32,13% inferior ao resultado positivo do mesmo período um ano antes, de US$ 1,17 bilhão. Analistas consultados pelo FactSet previam lucro de US$ 0,30 por ação.
Nos três meses encerrados em 28 de fevereiro, as receitas da empresa somaram US$ 11,3 bilhões, o que representa uma queda de 9,3% ante o mesmo período do ano anterior.
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Na América do Norte, a empresa observou uma melhora sequencial nas vendas, que caíram 4%, para US$ 4,86 bilhões, impulsionadas por seu segmento principal de calçados.
Já as vendas na China e na região da Europa, Oriente Médio e África também registraram quedas de 17% e 10%, respectivamente.
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Na América Latina e Oceania, o faturamento foi de US$ 1,47 bilhão, 11% menor do registrado no terceiro trimestres fiscal de 2024.
CEO defende plano de reestruturação
O diretor-presidente Elliott Hill afirmou que a Nike está avançando em seu plano de reestruturação e está confiante de que a empresa está no caminho certo.
“O ambiente operacional é dinâmico, mas o que mais importa para a Nike é atender aos atletas com inovação de novos produtos e reacender o impulso da marca por meio do esporte”, disse o diretor-presidente, Hill, em carta a acionistas.
Hill retornou à Nike em outubro, sucedendo John Donahoe, com o objetivo de lançar novos produtos que ressoem bem com os consumidores e de fortalecer os relacionamentos com grandes varejistas, como a Foot Locker.
Como parte do plano, a Nike também está ajustando seus estoques para recuperar espaço nas prateleiras com novos produtos, além de reestruturar seu negócio digital, que, segundo a empresa, havia se tornado uma plataforma para competir com seus parceiros de atacado em vez de criar e impulsionar a demanda por seus produtos.
Algumas das iniciativas da Nike para revitalizar sua narrativa e imagem incluem seu primeiro comercial no Super Bowl em quase três décadas e o anúncio de uma nova parceria com a Skims, marca de Kim Kardashian, voltada para moda “fitness” feminina, com lançamento previsto para a primavera.
Há pouco, as ações da Nike subiam 2,05% no pós-mercado da Bolsa de Nova York (Nyse), a US$ 73,35. No pregão regular, os papéis caíram 1,55%, a US$ 71,86.
*Com informações do Valor Econômico