Hypera: queda da patente da semaglutida não deve reduzir preços

Hypera acredita que medicamentos à base de semaglutida deve manter preços altos devido à alta demanda global
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  • A Hypera afirma que os preços de medicamentos com semaglutida permanecerão altos após a queda da patente.
  • A alta demanda global e a concorrência com outros players impedem a redução de preços.
  • A Hypera planeja comercializar medicamentos concorrentes ao Ozempic.
  • Tarifas de importação dos EUA podem reduzir custos na cadeia de produção da Hypera, mas o impacto ainda é incerto.
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Empresas citadas na reportagem:

A Hypera afirmou, nesta quinta-feira (24), que os medicamentos para obesidade e diabetes à base de semaglutida devem continuar com preços elevados, mesmo após a queda da patente no Brasil. A companhia promoveu teleconferência de resultados do primeiro trimestre.

De acordo com o diretor-presidente da Hypera, Breno Oliveira, a companhia pretende comercializar os futuros concorrentes do Ozempic, da Novo Nordisk.

A companhia destacou que outras indústrias farmacêuticas nacionais já protocolaram intenção de produção perante a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Não deve haver diluição de preços com queda de patente da semaglutida, considerando a alta demanda global”, afirmou o executivo.

A diretoria apontou que é “difícil estimar” o benefício do novo medicamento para as margens da companhia, mas espera-se um impacto “muito positivo” à medida que a categoria deixar de ser exclusiva de poucas multinacionais que detêm as patentes.

Impacto global das tarifas de Trump

Segundo Breno Oliveira, a taxação dos Estados Unidos à importação de produtos — especialmente asiáticos — pode ser uma oportunidade para redução de custos na cadeia de produção, embora ainda seja cedo para traçar um cenário de impacto global.

O executivo destacou que a Índia e a China são as maiores produtoras globais de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e de compostos finalizados, enquanto os Estados Unidos são o maior mercado consumidor.

Com a incidência das tarifas determinadas por Donald Trump, na visão de Oliveira, pode haver uma maior disponibilidade desses produtos em nível global e consequente queda de preços.

O diretor-presidente da Hypera afirmou, porém, que “ainda é cedo para falar sobre impacto global das tarifas” e destacou que a indústria farmacêutica atua em um mercado regulado pelas autoridades sanitárias de cada país, o que impõe obstáculos à troca de fornecedores de matérias-primas e de produtos acabados.

*Com informações do Valor Econômico

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