Google quer competir com Starlink de Elon Musk
Empresas citadas na reportagem:
O cenário global de internet de banda larga pode, em breve, ter um novo “player”: a Taara, cuja cisão da Alphabet, controladora do Google, foi recentemente anunciado.
A Alphabet está desmembrando a Taara como parte da sua nova estratégia para comercializar os seus projetos de pesquisa conhecidos como “Moonshots”. Embora alguns projetos de pesquisa do Google tenham sido lançados comercialmente, como a pioneira em carros autônomos Waymo, outros ainda precisam de apoio financeiro externo.
A Alphabet manterá uma participação minoritária na Taara, que opera no fornecimento de conexões de internet de alta velocidade em áreas rurais. A Taara atualmente opera em 12 países.
“Com o tempo, percebemos que, para uma boa parte das coisas que criamos, há muito benefício em posicioná-las logo fora da membrana da Alphabet”, disse o chefe de pesquisa da Alphabet ao site “The Verge”. “Elas vão poder se conectar rapidamente ao capital de mercado, atrair investidores estratégicos e, de modo geral, conseguir escalar mais rápido dessa forma.”
Na feira Mobile World Congress, em Barcelona, a empresa anunciou o seu chip de próxima geração, que usa feixes de luz invisíveis para transmitir dados em alta velocidade pelo ar, conforme relatado pela Fierce Wireless.
Como está a Starlink?
A Starlink, de Elon Musk, todavia, segue com uma grande vantagem frente às principais concorrentes.
Segundo um tuíte recente de Musk no X (antigo Twitter), a Starlink, controlada pela SpaceX, tem agora mais de 5 milhões de assinantes em 125 países. A empresa também está se expandindo para a Índia, um mercado com grande potencial.
A Starlink possui mais de 7 mil satélites LEO (em órbita terrestre baixa). A meta de longo prazo é operar 40 mil satélites LEO.
Diante dos problemas financeiros da rede social X e das recentes dificuldades da fabricante de veículos elétricos Tesla, Musk pode obter um novo impulso financeiro por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO) da SpaceX. Outra possibilidade, dizem analistas, é que a SpaceX desmembre a Starlink, que poderia lançar seu próprio IPO.
No cenário atual, a Amazon aparece como a maior ameaça à Starlink, segundo o analista Mark Mahaney, da Evercore ISI, em um relatório recente. “Kuiper é o único concorrente realista”, disse Mahaney.
O Kuiper também está construindo uma rede de satélites LEO e planeja usar uma rede de antenas terrestres e conexões por fibra óptica para fornecer serviços. Os lançamentos dos satélites, todavia, foram adiados.
Tanto a Starlink quanto o Kuiper da Amazon enfrentam desafios financeiros, dizem analistas. A vida útil estimada dos satélites LEO é de 5 a 7 anos, e eles precisam ser substituídos.
A Starlink, de Musk, ainda pode sentir o impacto da atuação política do seu fundador no governo Trump.
Outros projetos da fábrica de “moonshots” da Alphabet incluem a desenvolvedora de sensores Chorus, a empresa de redes elétricas Tapestry, a desenvolvedora de medicamentos Isomorphic Labs e a organização voltada à proteção dos oceanos Tidal.
*Com informações do Valor Econômico
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