Do iFood a Prosus: Fabricio Bloisi conta o plano para criar uma big tech global de US$ 200 bilhões

Empreendedor brasileiro será homenageado, nesta quarta-feira (14), como Person of The Year pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York

Fabricio Bloisi, fundador do Ifood e CEO da Prosus. Foto: Inteligência Financeira
Fabricio Bloisi, fundador do Ifood e CEO da Prosus. Foto: Inteligência Financeira

Fabricio Bloisi, 47 anos, saiu da Bahia ainda jovem para ganhar o mundo. Fã de Bill Gates, ele conta que sonhou desde cedo em criar uma grande empresa brasileira de tecnologia. Aos 21 anos, fundou a Movile, cuja joia da coroa sempre foi o iFood, no qual investiu em 2013, quando empresa ainda era uma startup de apenas dois anos, e do qual se tornou CEO.

Em agosto de 2021, a holandesa Prosus investiu US$ 200 milhões na Movile e passou a ser a controladora do iFood. Há 10 meses, Bloisi foi indicado CEO global da Prosus no lugar do holandês Bob van Dijk, que estava no cargo desde 2014. O movimento é tão recente que Bloisi sequer teve tempo de ajustar a residência da família, hoje dividida entre o Brasil e a Europa. O que não impede que ele já tenha planos ambiciosos para a Prosus.

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Agora, Bloisi conta que sua missão é tornar a Prosus uma gigante global de tecnologia, “uma big tech fora dos Estados Unidos e da China.” Segundo ele, a Prosus tinha até aqui uma estratégia de investir em participações minoritárias em negócios de tecnologia. “Não é este futuro que eu vejo para a Prosus”, diz.

“Eu vejo a companhia como líder de tech global. Mesmo tendo US$ 18 bilhões, US$ 19 bilhões de dólares em caixa, a gente está se comportando como uma empresa de tech, inovando como uma empresa de tech, com valores e modelo de gestão de empresa de tech.”

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Os planos de Fabricio Bloisi agora

Assim que chegou a Prosus, Bloisi propôs dobrar o valor de mercado da empresa, hoje avaliada em US$ 116 bilhões. “Oficialmente, a meta é ser uma empresa de US$ 200 bilhões.” Quando? “Logo”, diz ele.

Para isso, está revirando as entranhas da gigante holandesa. Bloisi quer injetar na Prosus o mesmo espírito inquieto que fez do grupo Movile um vencedor.

“A gente coloca todas as empresas que fazem parte do ecossistema (da Prosus) para trabalhar juntas, formando uma empresa que tem escala para ser uma líder global”, contou em apresentação no Tech Summit, evento do Itaú BBA que acontece em paralelo à LatAm CEO Conference, em Nova York.

Bloisi também disse que parte da sua estratégia é trazer para a Prosus alguns dos líderes da Movile. Ele conta que tem mapeados cerca de 40 executivos com condições de assumir papeis relevantes nas investidas da Prosus.

“Entrar para Prosus significa poder levar tecnologia e conhecimento, experiências e pessoas do Brasil para o mundo para criar uma empresa global”, disse.

Nesta quarta-feira (14), Bloisi será homenageado como Person of the Year pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York.

O programa reconhece, anualmente, dois líderes empresariais excepcionais — um do Brasil e um dos Estados Unidos — que desempenharam um papel fundamental no fortalecimento dos laços entre as duas nações.

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