Estudos indicam similaridades entre bacias de Pelotas e da Namíbia, diz presidente da Petrobras
Petroleira anuncia investimentos bilionários em biorrefinaria e a aquisição de novos navios

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse, nesta segunda-feira (24), que a companhia tem visto estudos que indicam similaridades entre a Bacia de Pelotas, no Sul do Brasil, e a Bacia da Namíbia, na África. “Vamos buscar o potencial que vemos na Bacia da Namíbia aqui na Bacia de Pelotas”, disse a executiva, ao participar de evento em Rio Grande (RS).
A Transpetro, subsidiária integral da Petrobras, e o consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande e Mac Laren assinam, nesta segunda, contrato para a aquisição de quatro navios da classe “handy”, a US$ 69,5 milhões por embarcação. Os navios serão utilizados para transporte de derivados de petróleo na costa brasileira.
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Em sua fala, Chambriard disse que conta com os fornecedores locais para acompanhar os investimentos da Petrobras na refinaria Riograndense.
Conforme o plano estratégico da Petrobras 2025-2029, serão investidos R$ 8,5 bilhões nas duas refinarias do Estado: “A Refinaria Riograndense será convertida para ser 100% uma biorrefinaria”.
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O contrato é o primeiro da Transpetro no âmbito do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras. A companhia lançou, na semana passada, a licitação para aquisição de oito navios gaseiros dentro do mesmo Programa.
Os navios da classe handy têm capacidade de 15 mil a 18 mil toneladas de porte bruto e devem transportar diesel marítimo, diesel S10, diesel S500 e gasolina de aviação. As embarcações vão contemplar soluções de maior eficiência energética e menor emissão de gases do efeito estufa.
Eles poderão ser abastecidos com “bunker” (combustível marítimo) ou biocombustíveis. A Petrobras estima que as medidas reduzam em 30% as emissões em relação aos atuais navios da frota, atendendo às determinações da Organização Marítima Internacional (IMO).
‘Retomada’ da indústria naval
Sergio Bacci, presidente da Transpetro, disse que a assinatura evidencia a retomada da indústria naval: “Será uma retomada gradual, mas o horizonte é promissor. Garantimos a perenidade das encomendas”.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a previsão é de que 44 novas embarcações sejam encomendadas até 2029, no total de R$ 23 bilhões em investimentos.
*Com informações do Valor Econômico