CEO da OpenAI deixa conselho de startup de energia nuclear; futura parceria com IA é cogitada
Embora a startup de energia nuclear não tenha fornecido um motivo para a saída de Altman, a diretora de operações da Oklo fez alusão ao potencial de colaboração com a OpenAI

A Oklo anunciou nesta terça-feira (22) que o diretor-presidente da OpenAI, Sam Altman, deixará o cargo de presidente do conselho da empresa e indicou que uma parceria com a companhia de inteligência artificial pode estar a caminho.
Altman, que ocupa o cargo desde 2015, liderou o processo que levou a Oklo à bolsa em maio do ano passado, por meio de uma empresa de propósito específico de aquisição (SPAC).
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Segundo a Oklo, o CEO e cofundador Jacob DeWitte substituirá Altman como presidente do conselho.
Embora a startup de energia nuclear não tenha fornecido um motivo para a saída de Altman, a diretora de operações e cofundadora Caroline Cochran fez alusão ao potencial de colaboração com a OpenAI.
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Chance de acordo entre OpenAi e Oklo
“Estamos entusiasmados em continuar trabalhando com [Altman] para levar energia limpa e escalável ao setor de IA e além, e seguir explorando parcerias estratégicas com empresas líderes em IA, possivelmente incluindo a OpenAI”, disse Cochran em um comunicado.
A Oklo utiliza IA para ajudar a otimizar o design de seus reatores nucleares. Suas ações também têm oscilado com notícias sobre IA, já que investidores veem a energia nuclear como uma solução para a enorme demanda energética dos centros de dados.
A empresa está focada na construção dos chamados reatores rápidos compactos, que têm menor capacidade de geração do que os grandes reatores tradicionais, mas são mais rápidos de construir. Costumam ser implantados conforme a demanda por energia aumenta.
Mudanças no processo de implantação de energia nuclear
A abordagem da Oklo passa por desafiar convenções, especialmente no que diz respeito à implantação da energia nuclear. Em entrevista à revista “Barron’s”, DeWitte explicou como a empresa utiliza uma tecnologia fundamentada na ciência, eliminando a necessidade de extensas e caras pesquisas e desenvolvimento.
“O que não funcionou muito bem foi essa abordagem amplamente centralizada e baseada no governo, e tentamos repetir esse ciclo ano após ano”, disse DeWitte. “Permitir uma abordagem mais orgânica, orientada pelo mercado e que traga novas ideias é realmente importante aqui”.
A Oklo pretende ter sua primeira usina Aurora em funcionamento até o final de 2027. No mês passado, a empresa assinou um acordo com o laboratório nacional de Idaho em preparação para atividades como perfuração e amostragem do solo, a fim de pesquisar um local para o reator.
Qual é a situação atual da empresa?
A Oklo registrou um prejuízo de US$ 0,74 por ação em 2024, maior do que a perda de US$ 0,47 do ano anterior. A administração afirmou em um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos que a empresa provavelmente terá “despesas significativas e perdas financeiras contínuas” no futuro próximo.
Fora de contexto, os números podem parecer preocupantes. Mas a empresa ainda não começou a gerar receita. Ela afirma que pretende começar a produzir energia comercial antes do fim da década.
Parcerias com o Departamento de Energia e com a Comissão Reguladora Nuclear oferecem uma base sólida de apoio, afirmou DeWitte.
“Quando começamos isso, a ideia de fazer muitas das coisas que agora realizamos era considerada não apenas impossível, mas quase uma heresia”, disse ele. “É preciso se engajar em fazer as coisas avançarem”.
*Com informações do Valor Econômico