BRB não ficará com ativos menos líquidos e exclui R$ 7 bilhões do balanço do Master
O Banco de Brasília (BRB), que assinou ontem um acordo para a compra do Master, não ficará com uma série de ativos menos líquidos que o banco de Daniel Vorcaro possui em seu balanço. Esses ativos serão cindidos antes da compra pelo BRB.
Na lista de ativos que o BRB não comprará estão precatórios, direitos creditórios sobre ações judicias e fundos de investimentos em ações. Também não estão na lista o banco Voiter (antigo Indusval), o Banco Master de Investimento e a seguradora Kver.
É dentro dos fundos de ações que estão diversas operações que Vorcaro estruturou nos últimos anos ao lado do antigo sócio Maurício Quadrado – e algumas também em parceria com fundos que têm como cotista o investidor Nelson Tanure. São transações na qual o grupo entrou no capital de algumas empresas, como Metalfrio, Restoque, Biomm, Oncoclínicas, BeFly, entre outras.
A cisão desses ativos não deve alterar significativamente o valor pago pelo BRB ao Master porque, pelo acordo, o banco brasiliense desembolsará o equivalente a 75% do patrimônio líquido, após essa reorganização societária que está sendo feita. Se, por um lado, saem da conta os ativos, por outro, também serão descontados passivos relacionados. Assim, o patrimônio líquido se altera pouco.
De acordo com o balanço mais recente do Master, de junnho, o banco tinha R$ 4,188 bilhões em patrimônio líquido. Já os ativos somavam R$ 50,986 bilhões. Desse total, R$ 21,174 bilhões estão em títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos. As cotas de fundos de ações somam R$ 819,1 milhões. Em direitos creditórios e precatórios são mais R$ 7,090 bilhões.
Procurados, BRB e Master não se manifestaram.
Com informações do Valor Econômico
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