Aegea segue na busca por novas concessões continua apesar das incertezas, diz vice-presidente

- A Aegea venceu três concessões de saneamento no Pará e continuará buscando novas oportunidades.
- A empresa analisará o Bloco C, que não recebeu propostas na rodada anterior, após reformulação.
- A falta de interesse no Lote C se deve a fatores como baixa densidade demográfica e vulnerabilidade.
- A Aegea acompanha projetos em Pernambuco, Rondônia, Paraíba e Rio Grande do Norte.
- O financiamento dos três lotes conquistados combinará recursos próprios e financiamentos.
Após vencer a disputa por três concessões de saneamento do governo do Pará, nesta sexta-feira (11), a Aegea afirmou que deverá seguir analisando novos projetos, mesmo com o cenário de incertezas macroeconômicas.
“Acho que só a nossa participação nos três blocos demonstra a nossa crença nos bons projetos. A gente continua analisando as oportunidades do mercado, temos visto essa questão da variação do mercado, e a gente vai continuar olhando as oportunidades”, afirmou Renato Médicis, vice-presidente regional da companhia.
A empresa deverá analisar a próxima rodada do Bloco C, disse ele. O lote C teria sido licitado juntamente com os outros três, mas não recebeu propostas.
Agora, o projeto deverá ser remodelado e novamente ofertado, possivelmente neste ano.
“Eu acho que a própria característica do bloco e do perfil social do bloco requer um estudo mais detalhado. Nós vamos aguardar para ver o que é que vem nessa próxima rodada para que a gente possa continuar avançando e estudando, vendo da maneira que vem”, disse o executivo.
Falta de interesse pelo lote não decorre de fator único
Segundo ele, a falta de interesse pelo lote não decorreu de um fator único.
“É um dos maiores Estados territorialmente no país. É um dos Estados onde você pega e tem uma baixa densidade demográfica, tem a questão da vulnerabilidade”, acrescentou.
O Lote C inclui 27 cidades com 800 mil habitantes. O projeto demandaria R$ 3,6 bilhões de investimentos ao longo da concessão, além de uma outorga mínima de R$ 400,6 milhões.
Segundo Médicis, a Aegea também deverá seguir acompanhando os demais projetos em estudo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Temos acompanhado também o movimento de Pernambuco, de Rondônia, e outros projetos que estão mais no longo prazo como a própria Paraíba, o Rio Grande do Norte”.
Em relação aos três lotes conquistados nesta sexta, o executivo disse que a estruturação de capital combina recursos próprios e financiamento.
“Os recursos vêm das mais diversas fontes e das composições, podem vir tanto dessas estruturas que foram firmadas [o recente aumento de capital feito pela empresa, com aporte dos sócios], de outros financiamentos, de capital próprio. Já tem uma parte [do financiamento] estruturada e outra em estruturação”, disse.
*Com informações do Valor Econômico
Leia a seguir