Morning call: CPI nos EUA, serviços no Brasil e Galípolo são destaque

Bolsa de valores apresentou na terça-feira, mais uma vez, resultados positivos

Dia de muito, véspera de pouco… O ditado é popular, mas nem sempre verdadeiro. Nesta quarta-feira (12), por exemplo, o Morning Call mostra que há farta agenda econômica. Isso um dia depois da divulgação da taxa de inflação de janeiro no País. Essa é a principal conclusão do morning call.

Assim, no radar do mercado, o resultado do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos referente a janeiro é o principal destaque da agenda de indicadores.

Entretanto, os investidores devem estar atentos ao depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, na Câmara dos Representantes.

No Brasil, o volume de serviços prestados em dezembro, a entrevista do presidente Lula e a palestra do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, sobre política monetária serão acompanhados.

Na terça-feira (11), a divulgação da inflação no Brasil já deu pano pra manga (pra usarmos outra expressão popular). O resumo é o de que tudo foi bem em janeiro, mas vai piorar no decorrer do ano quando o assunto é o IPCA.

O preço da carne vai cair, mas voltará a subir até o fim de 2025. A inflação geral acelerou a 0,16%, bem menos do que os 0,52% em dezembro. Mas isso foi por conta do chamado bônus de Itaipu, que reduziu significativamente o custo da energia elétrica residencial.

O bônus de Itaipu é um desconto na conta de luz concedido a consumidores residenciais e rurais cujo consumo mensal tenha sido inferior a 350 kWh.

Morning call: acompanhe como foi o fechamento

Com o impulso das ações de bancos, o Ibovespa teve a segunda sessão seguida de alta e subiu 0,76%, aos 126.522 pontos, oscilando entre os 125.570 pontos e os 126.886 pontos.

Gestores também citaram que a declaração do ministro das relações institucionais, Alexandre Padilha, de que o Brasil “não entrará em nenhuma guerra comercial” também acalmou um pouco os ânimos, em um dia em que o IPCA trouxe sinais melhores.

Entre as blue chips, as units do BTG Pactual foram um dos destaques, com uma alta de 2,44%. As ações PN da Petrobras fecharam no zero a zero, enquanto as ON subiram 0,55%.

Os maiores ganhos na sessão, porém, foram registrados pelos papéis do Carrefour, que tiveram ganhos de 10,08%. O grupo francês Carrefour analisa fechar o capital da companhia no Brasil. A proposta do controlador já é debatida no conselho de administração da varejista. Já na ponta contrária, os papéis da Azul cederam 3,01%, ampliando as perdas vistas na véspera.

Em NY, os principais índices operaram mistos: o Nasdaq teve queda de 0,36%, o Dow Jones subiu 0,28%; e o S&P 500 teve alta leve de 0,03%.

Bolsas da Ásia sobem; setor de tecnologia lidera ganhos na China

As bolsas da Ásia fecharam em alta, com destaque para o avanço no setor imobiliário e de tecnologia nos mercados chineses. Investidores esperam novos estímulos à economia da China.

O índice Nikkei 225 do Japão fechou em alta de 0,42% a 38.963,70 pontos. Já o índice Kospi da Coreia do Sul subiu 0,37% a 2.548,39 pontos. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 2,64% a 21.857,92 pontos. E, na China continental, o índice Xangai Composto teve alta de 0,85% a 3.346,38 pontos.

Então, a China poderia dobrar os subsídios destinados a impulsionar o consumo, alcançando 300 bilhões de yuans em 2025, escrevem analistas do Citi, em relatório.

Ademais, novos subsídios, além dos anunciados em janeiro, podem ser lançados já em março, durante o Congresso Nacional do Povo, segundo eles.

Com informações do Valor Econômico

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