Maior montadora de iPhones da Apple, Foxconn volta a funcionar com capacidade total na China

O Foxconn Technology Group, maior montadora de iPhones da Apple, disse que suas instalações no centro de fabricação chinês de Shenzhen estavam novamente funcionando com capacidade total, depois que a cidade encerrou os testes de covid-19 em todos os seus 17 milhões de habitantes.
Mas enquanto Shenzhen voltou aos negócios como de costume, mais novos casos em Jilin, Xangai e outras cidades levaram a restrições mais rígidas, destacando o desafio que a China ainda enfrenta para conter seu pior surto de covid-19 em dois anos.
As autoridades de Shenzhen disseram que o surto de coronavírus da cidade foi amplamente eliminado após três rodadas de testes em uma semana. Transporte público, fábricas e outros negócios podem retomar as operações normais, disse o governo. A flexibilização das restrições ocorreu mesmo quando a cidade no dia anterior havia relatado 33 novas infecções locais.
A nova abordagem de Shenzhen reflete a estratégia mais direcionada adotada pela China à medida que a variante ômicron altamente infecciosa se espalhou pelo país este mês. Embora as medidas de contenção tenham diminuído na maior parte de Shenzhen, as restrições permanecem em algumas áreas. A cidade disse que suas medidas mais precisas visam a “minimizar o impacto da situação da covid-19 no desenvolvimento econômico e social”. As restrições serão adaptadas a cada distrito, cadeia de suprimentos e empresa, disseram autoridades.
A medida segue o discurso do presidente da China, Xi Jinping, na semana passada ao Comitê Permanente do Politburo, no qual ele reconheceu que a estratégia de zero covid-19 do país tem um alto custo. Embora a política tenha ajudado a manter a China praticamente livre do vírus nos últimos dois anos, bloqueios, fechamento de fábricas e outras medidas representam uma ameaça às cadeias de suprimentos globais e ao crescimento econômico.
A cidade de Jilin, na província de mesmo nome, no nordeste do país, impôs um bloqueio estrito hoje semelhante ao observado em Wuhan no início de 2020 — quando a covid-19 eclodiu pela primeira vez — e na cidade de Xi’an no inverno passado, antes a recente onda impulsionada pela ômicron.
A ômicron também está se espalhando em Xangai. No domingo, o Xangai Disney Resort disse que suas propriedades na cidade fechariam até novo aviso para evitar a propagação da covid-19. A cidade de Tangshan, na província de Hebei, ordenou que os veículos saíssem da estrada a partir de domingo, depois que os primeiros novos casos foram registrados no centro siderúrgico — embora apenas sete deles. Muitas das siderúrgicas da cidade pararam de operar, de acordo com o jornal estatal Global Times.
Enquanto isso, Hong Kong disse que aliviaria as restrições contra covid-19, incluindo a redução pela metade da quarentena para alguns viajantes de entrada para sete dias e o fim da proibição de voos de países como os Estados Unidos.
Com Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor Econômico
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