Preço do café segue sendo vilão: alta se aproxima de 80% no acumulado de 12 meses; confira

O preço do café segue incomodando o consumidor no supermercado. Dados mais recentes da inflação oficial, medida pelo IBGE por meio do IPCA, indicam que o produto segue em alta. De acordo com os dados mais recentes, de março, mostram o seguinte panorama: o preço do café moído aumentou 8,14% em um mês; e o café solúvel, subiu 3,52%.
A situação fica pior quando analisamos o IPCA em 12 meses. Neste levantamento específico, o preço do café moído subiu 77,78%. E o solúvel, 11,75%. A variação do IPCA como um todo no período foi de 5,48%. E, no mês de março, o IPCA subiu 0,56%.
A situação, claro, não é uniforme em todo o País.
Conforme a região metropolitana, o preço também apresenta variações.
Preço do café moído: variação conforme Brasil, região metropolitana e município
- Brasil: 77,78%
- Belo Horizonte: 100,72%
- Goiânia: 100,46%
- Aracaju: 91,95%
- Grande Vitória: 88,96%
- Curitiba: 87,97%
- Porto Alegre: 87,65%
- Rio de Janeiro: 84,93%
- Brasília: 82,39%
- Salvador: 81,11%
- Rio Branco: 77,24%
- Fortaleza: 76,58%
- São Luís: 76,53%
- Campo Grande: 74,93%
- Belém: 71,55%
- São Paulo: 62,50%
- Recife: 57,86%
Em 11 de abril, quando o IBGE divulgou os dados sobre a inflação oficial do País em março, houve um comentário específico sobre o preço do café moído. Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa do IPCA, indicou que a alta do café foi “impulsionada pelo aumento do preço no mercado internacional dada a redução de oferta do grão em escala mundial, com quebra de safra no Vietnã devido a adversidades climáticas, as quais prejudicam a produção interna”.
Para além da cotação do café: o que o IPCA mede?
Vale lembrar que o IPCA mede a inflação de famílias com rendimentos entre 1 e 40 salários mínimos. Isso nas regiões metropolitanas e municípios espalhados por todo o País. Dado o intervalo de ganhos mensais e a região geográfica coberta, é o índice mais abrangente de inflação do Brasil. Usado, inclusive, como um dos elementos de definição de políticas públicas pelo governo federal e pelo colegiado que defini a taxa básica de juros.
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