Com tensões menos acirradas entre EUA e China, Ibovespa sobe 3,93% na semana; cotado a R$ 5,69, dólar cai 2% nos últimos 4 dias

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta sexta-feira (25) e o que movimentou os ativos

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Em meio a sinais desencontrados sobre o avanço nas negociações entre EUA e China e uma queda mais intensa das ações da Vale, o Ibovespa encontrou dificuldade em anotar uma tendência única e encerrou o dia com leve avanço de 0,12%, aos 134.739 pontos.

Durante o pregão, o índice oscilou entre os 134.186 pontos e os 134.992 pontos.

Já na semana, o avanço da principal referência acionária do país chegou a 3,93%.

Ibovespa hoje

Após a divulgação do balanço da Vale, as ações da companhia encerraram o dia em queda de 2,64%. Segundo especialistas, preocupações com a geração de caixa e com o aumento da dívida líquida expandida podem ter pesado sobre os papéis, assim como as perspectivas incertas para a companhia em meio à guerra comercial entre EUA e China.

Por outro lado, a subida de outras blue chips, como Petrobras e alguns bancos, ajudou a limitar as perdas do índice. As ações PN da petroleira subiram 0,30%, enquanto as units do BTG Pactual foram destaque de alta, com +1,39%.

O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 18,8 bilhões e de R$ 24,6 bilhões na B3.

Depois de apresentar movimento misto durante parte da sessão, os principais índices americanos voltaram a subir em bloco e fecharam todos no positivo.

Dólar hoje

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O dólar à vista exibiu leve queda frente ao real nesta sexta-feira, em um dia em que houve mais dificuldade dos agentes financeiros em estabelecer direção para os ativos.

Com bastante incerteza ainda no radar em relação à guerra tarifária entre Estados Unidos e China, os investidores seguiram mais cautelosos, mas sem fazer grandes apostas ou buscar refúgios em ativos de segurança.

Pela manhã, o dólar oscilou entre leves altas e quedas discretas no mercado brasileiro, mas no início da tarde passou a operar mais em território negativo.

Apesar de um recuo tímido hoje, na semana o dólar registrou depreciação de 2,02%.

Encerradas as negociações desta sexta no mercado “spot”, o dólar registrou desvalorização de 0,08%, cotado a R$ 5,6868, depois de ter batido na mínima de R$ 5,6646 e encostado na máxima de R$ 5,7069.

Enquanto o euro comercial exibiu depreciação de 0,26%, a R$ 6,4625. Na semana, a moeda europeia recuou 2,09%.

No exterior, perto do fechamento, o dólar também recuava 0,42% ante o peso mexicano e 0,80% contra o peso colombiano, mas o índice DXY subia 0,20%, aos 99,574 pontos.

Bolsas de Nova York

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As principais bolsas em Wall Street subiram pelo quarto dia consecutivo em um dia marcado pela volatilidade nos mercados e narrativas contrastantes sobre o patamar das negociações da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

A reação dos investidores à temporada de balanços americana e a queda nos rendimentos dos Treasuries após falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) auxiliaram no desempenho dos índices.

No fechamento, o Dow Jones subiu 0,05%, aos 40.113,50 pontos, após ter passado a maior parte do dia operando no campo negativo.

O S&P 500 ganhou 0,74%, aos 5.525,21 pontos, enquanto o Nasdaq teve alta de 1,26%, aos 17.382,94 pontos.

Na semana, os índices subiram 2,48%, 4,59% e 6,73%, respectivamente.

O setor de tecnologia (+1,62%) teve um dos melhores desempenhos do dia, impulsionado pelos resultados trimestrais da Alphabet (+1,68%).

Os dados financeiros da controladora do Google auxiliaram empresas que dependem de receita com anúncios digitais, como a Meta, que subiu 2,65%. Os ativos da Tesla também tinham forte alta, de 9,8%.

As incertezas com relação à guerra comercial entre China e EUA pautaram os mercados hoje.

Donald Trump disse à revista Time, ontem, que o presidente chinês Xi Jinping ligou para ele para discutir tarifas. Pequim, no entanto, contestou a informação e reiterou na manhã de hoje que não está em negociações com o país.

Os ruídos de comunicação sobre o patamar das negociações se somam a uma reportagem da Bloomberg, que noticiou que a China pode suspender sua tarifa de 125% sobre certos produtos americanos.

Mesmo com as incertezas no mercado, a postura “dovish” (propensa a diminuição dos juros) de alguns dirigentes do Fed levaram a queda do rendimento dos Treasuries, o que auxiliou no desempenho das bolsas, apontam os economistas da Charles Schwab.

Próximo às 17h05, o rendimento da T-note de 2 anos estava em 3,768%, de 3,805% no fechamento anterior. Já o título com vencimento de 10 anos estava em 4,261%, de 4,325%.

“Esperamos que o Fed corte as taxas de juros este ano, mas somente no segundo semestre”, disse Collin Martin, diretor de estratégia de renda fixa do Charles Schwab.

A presidente do Fed de Cleveland, Beth Hammack, disse ontem que a autarquia poderia agir em junho, se tiver dados claros e convincentes.

Postura compartilhada pelo diretor Christopher Waller, que reiterou sua visão de que a inflação impulsionada por tarifas provavelmente será temporária, permitindo que o Fed se concentre nas implicações das tarifas para o mercado de trabalho.

Bolsas da Europa

As principais bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira (25) em meio às incertezas comerciais entre os Estados Unidos e a China.

A repercussão de balanços trimestrais e as falas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, em evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) também ficaram no radar dos investidores.

No fechamento, o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,35%, aos 520,44 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, ganhou 0,07%, aos 8.413,32 pontos, o DAX, de Frankfurt, valorizou 0,79%, aos 22.238,64 pontos, e o CAC 40, de Paris, escalou 0,48%, aos 7.538,86 pontos.

O setor bancário do Stoxx registrou um dos melhores desempenhos no dia, ao subir 1,47%. O Santander teve alta de 2,24%, enquanto o Deutsche Bank valorizou 1,70% e o Barclays subiu 0,79%.

Os ativos da fabricante de motores a jato Safran ganharam 4,35%, após resultados trimestrais acima das expectativas.

As incertezas com relação à guerra comercial entre China e EUA pautam os mercados hoje. Donald Trump disse à revista “Time”, ontem, que o presidente chinês Xi Jinping ligou para ele para discutir tarifas.

Pequim, no entanto, contestou a informação e reiterou, na manhã de hoje, que não está em negociações com o país.

Os ruídos de comunicação sobre as negociações se somam a uma reportagem da Bloomberg, que noticiou que a China pode suspender sua tarifa de 125% sobre certos produtos americanos.

O movimento na bolsa do Reino Unido foi contido após dados econômicos mistos. No acumulado do mês, as vendas no varejo subiram 0,4%, superando a estimativa do mercado de queda de 0,4%.

No entanto, o índice de confiança do consumidor do GfK deteriorou-se em abril, de -19 para -23, abaixo da estimativa do mercado de -22. Este foi o nível mais baixo desde novembro de 2023.

Durante o evento no FMI, Lagarde disse que a inflação da zona do euro caminha para se estabilizar em torno da meta de 2% e que o processo de desinflação está bem encaminhado, mas destacou os desafios das tensões comerciais e das tarifas ao crescimento econômico global.

Os economistas do Goldman Sachs atentam para uma possível desaceleração econômica do continente, devido à possibilidade de recessão nos Estados Unidos e à correlação dos ciclos econômicos entre a zona do euro e o país.

“Provavelmente esperaríamos que a maioria dos países europeus seguisse os EUA em direção à recessão, mas a noção de recessão é menos bem-definida em países europeus com baixo potencial de crescimento. Já prevemos pequenas contrações para Alemanha, Itália e Suíça no terceiro trimestre deste ano”, disseram.

Com informações do Valor Econômico

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