Em dia volátil, força de Vale e Petrobras faz Ibovespa subir 1,04%; dólar cai 1,03% e vai a R$ 5,80

Bolsa de valores hoje: veja como se comportaram o Ibovespa e o dólar nesta quinta-feira (17) e o que movimentou os ativos
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  • O Ibovespa subiu 1,04%, atingindo 129.650 pontos, impulsionado pela alta de ações de Vale e Petrobras.
  • A Petrobras anunciou redução de 3,38% no preço do diesel.
  • O dólar caiu 1,03%, cotado a R$ 5,80.
  • Bolsas americanas tiveram desempenho misto, com Dow Jones em queda e S&P 500 em alta.
  • Bolsas europeias fecharam em queda, exceto Londres; BCE cortou taxa de depósito.
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Empresas citadas na reportagem:

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O dia foi de forte volatilidade no Ibovespa, em virtude do vencimento de opções sobre ações, que ocorreu às vésperas do feriado de Páscoa e Tiradentes.

Depois de começar a sessão em queda, o índice ganhou tração ao longo da manhã, apoiado pela alta das ações blue chips, e encerrou o pregão com ganho de 1,04%, aos 129.650 pontos.

Ibovespa hoje

O avanço expressivo nos preços do petróleo teve reflexo direto nas ações da Petrobras e de outras petroleiras. Declarações de Donald Trump seguiram no foco dos agentes financeiros.

Durante a sessão, o índice oscilou entre os 127.973 pontos e os 130.091 pontos.

Perto do almoço, o anúncio feito pela Petrobras, de redução de 3,38% nos preços do óleo diesel nas refinarias da estatal, a partir da próxima sexta-feira (18), fez as ações da petroleira ampliarem a alta.

Na avaliação de operadores, a subida da ação chama atenção, já que o corte no preço do diesel tenderia a reduzir as receitas da empresa, mas pode ter ocorrido em virtude da forte volatilidade das ações provocada pelo vencimento de opções sobre papéis da companhia. No fim do dia, as ações PN registraram ganhos de 1,91%, enquanto as ON subiram 2,57%.

O dia também foi de avanço das ações da Vale, que subiram 0,61% e reverteram a queda vista nas duas últimas sessões após a divulgação da prévia operacional da empresa.

As ações da Yduqs também foram destaque no pregão, ao avançarem 10,90%. Analistas do J. P. Morgan elevaram a recomendação dos papéis de neutro para compra e subiram o preço-alvo de R$ 10,50 para R$ 20.

O volume financeiro negociado no índice foi de R$ 15,3 bilhões e de R$ 22,0 bilhões na B3.

Dólar hoje

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O dólar à vista registrou desvalorização frente ao real nesta quinta-feira, véspera de dois feriados, encerrando a semana com queda acumulada de 1,14%.

O movimento do câmbio brasileiro se assemelhou ao de outros mercados ligados a preços de commodities, em uma sessão em que os preços do petróleo (assim como outras commodities energéticas) apreciaram mais de 3%.

Operadores também podem ter ajustado posições, dado que os mercados locais estarão fechados não só amanhã por conta da Sexta-Feira Santa, mas também na segunda-feira devido ao feriado de Tiradentes.

Encerradas as negociações do mercado à vista, o dólar comercial registrou queda de 1,03%, cotado a R$ 5,8042, enquanto o euro comercial recuou 1,14%, a R$ 6,6005, acumulando depreciação de 0,86% na semana.

No exterior, perto das 17h10, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, avançava 0,01%, aos 99,386 pontos.

O real esteve ao longo das negociações entre as cinco moedas com melhores desempenhos no dia, ao lado das coroas sueca e norueguesa, do peso mexicano e do dólar neozelandês.

Bolsas de Nova York

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Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta quinta-feira sem sinal único, em um dia de desempenho negativo de papéis de empresas de tecnologia e serviços de comunicação, que pesaram no desempenho das bolsas.

Uma nova rodada de piora dos juros de longo prazo pressionou adicionalmente os mercados em Wall Street, em um retorno das vendas de Treasuries após alguns dias de trégua.

Além disso, balanços corporativos foram monitorados pelos investidores, enquanto as críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Federal Reserve (Fed) e a Jerome Powell ficaram no radar dos participantes do mercado.

Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 1,33%, aos 39.142,33 pontos; e o S&P 500 destoou, ao subir 0,13%, aos 5.282,70 pontos.

o índice eletrônico Nasdaq encerrou a sessão em baixa de 0,13%, aos 16.286,45 pontos.

No acumulado da semana, que foi mais curta devido ao feriado da Páscoa, o Dow Jones recuou 2,66%; o S&P 500 perdeu 1,50%; e o Nasdaq anotou queda de 2,62%.

A sessão foi, novamente, ditada pelo desempenho negativo das ações das “big techs”. Somente três setores do S&P 500 terminaram o dia em baixa: o de tecnologia (-0,67%); o de saúde (-0,64%); e o de serviços de comunicação (-0,18%).

O balanço da UnitedHealth, que não foi bem recebido pelo mercado, provocou um tombo nas ações da companhia, de 22,39%, que pesou, sobretudo, no índice Dow Jones.

Além disso, as ações da Alphabet recuaram 1,38% depois que uma juíza distrital nos EUA decidiu que o Google detém um monopólio ilegal de anúncios.

No campo macroeconômico, o dia não teve divulgações relevantes para os preços dos ativos. No entanto, as pressões renovadas de Trump sobre Powell, para forçar o Fed a reduzir as taxas de juros, seguiram no radar dos mercados após o republicano falar em uma demissão do dirigente.

Ontem, o mercado avaliou declarações de Powell como mais “hawkish” (duras), por descartar uma ação proativa do Fed de redução dos juros e se mostrar preocupado com os efeitos inflacionários a serem gerados pelas tarifas comerciais de Trump.

Bolsas da Europa

As principais bolsas da Europa fecharam esta quinta-feira (17) em queda, com exceção de Londres. O Banco Central Europeu (BCE) decidiu hoje cortar a taxa de depósito da zona do euro em 0,25 ponto percentual, para 2,25%.

O comunicado da autarquia e as falas da presidente Christine Lagarde acenderam um alerta no mercado sobre os impactos das tarifas no crescimento do bloco no futuro.

No fechamento, o índice Stoxx 600 ficou próximo à estabilidade, caindo 0,06%, aos 506,80 pontos. Já a bolsa de Londres subiu 0,20%, aos 8.292,34 pontos, enquanto Frankfurt cedeu 0,47%, aos 21.211,43 pontos, e Paris perdeu 0,52%, aos 7.294,90 pontos.

O setor de tecnologia do Stoxx 600 foi um dos mais prejudicados, cedendo 1,10%. As ações da SAP, empresa de maior peso no índice DAX de Frankfurt, caíram 2,73% no pregão de hoje. Já os ativos da ASML recuaram 1,71%. Os papéis do Santander também desempenharam mal, cedendo 1,38%

Em coletiva de imprensa, Lagarde disse que a política tarifária dos Estados Unidos terá um impacto negativo sobre o crescimento da zona do euro, enquanto o efeito sobre a inflação ainda não está claro.

“As tensões comerciais estão trazendo mais incerteza para a perspectiva de inflação na zona do euro. A queda dos preços de energia e a apreciação do euro poderiam pressionar a inflação para baixo, o que poderia ser reforçado por uma demanda menor para exportações da zona do euro”, afirmou.

Lagarde também demonstrou preocupação com o crescimento da zona do euro, embora, na visão dela, a economia do bloco tenha mostrado resiliência até o momento.

“Os riscos de baixa para o crescimento econômico aumentaram. Disrupções no comércio internacional, tensões no mercado financeiro e a incerteza geopolítica estão pesando sobre os investimentos.”

A decisão do BCE de reduzir a taxa de depósito em 0,25 ponto percentual ficou em linha com as expectativas dos mercados.

Na visão de Felix Schmidt, economista do banco alemão Berenberg, a autarquia manteve suas opções em aberto com a decisão e enviou uma mensagem ligeiramente dovish (favorável ao afrouxamento monetário).

O banco prevê mais um corte nos juros em junho, de mesma magnitude, antes de uma pausa no ciclo de redução.

“Nossa previsão de apenas mais um corte nas taxas este ano baseia-se em nossa premissa de que cerca de metade das tarifas americanas sobre produtos da zona do euro podem ser negociadas nos próximos meses. Caso as negociações fracassem ou se prolonguem, o impacto negativo sobre a economia se intensificará e o BCE provavelmente será forçado a afrouxar ainda mais sua política monetária”, disse.

Com informações do Valor Econômico

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