Chance de possível negociação entre EUA e China faz Ibovespa subir 1,05%; dólar cai 0,46% e vai a R$ 5,87
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As sinalizações de que os Estados Unidos estão dispostos a negociar com a China impulsionaram o Ibovespa nesta sexta-feira.
No fim do dia, o índice subiu 1,05%, aos 127.682 pontos, enquanto na mínima atingiu os 126.078 pontos, e na máxima foi a 128.386 pontos.
Ibovespa hoje
Após muita volatilidade no início dos negócios, o índice firmou alta à tarde em meio a relatos de que o presidente americano, Donald Trump, tem mantido conversas com líderes empresariais que visam encerrar a guerra comercial, segundo a “Fox Business”.
O giro financeiro foi de R$ 16,5 bilhões e de R$ 22,4 bilhões na B3 (até as 17h45).
Na semana, o Ibovespa acumulou alta de 0,34%.
Dólar hoje
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O dólar à vista encerrou a sessão desta sexta-feira em queda frente ao real, em um dia marcado por bastante volatilidade no mercado cambial.
O mau humor dos agentes financeiros com a guerra comercial entre Estados Unidos e China esteve ainda presente nos mercados globais, embora hoje os ativos de risco tenham se recuperado.
O real, no entanto, teve uma retomada mais contida, se comparado aos pares emergentes. Operadores mencionaram tanto fluxos quanto ajustes técnicos como razões essa recuperação mais tímida.
Apesar da queda do dólar hoje, na semana, a moeda americana exibiu valorização de 0,61%.
Encerradas as negociações do mercado “spot”, o dólar comercial à vista fechou negociado em desvalorização de 0,46%, cotado a R$ 5,8713, enquanto no exterior, a moeda americana recuava 1,59% ante o peso mexicano e 2,05% contra o rand sul-africano.
O euro comercial, por sua vez, fechou o dia em alta de 0,78%, cotado a R$ 6,6576, acumulando na semana apreciação de 4,26%.
Bolsas de Nova York
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Os mercados acionários americanos encerraram o pregão desta sexta-feira em alta firme e, assim, registraram o melhor ganho semanal desde 2023, em um momento de volatilidade bastante elevada em Wall Street.
O alívio observado na semana com a redução das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos para todos os parceiros comerciais, com exceção da China, proporcionou uma forte valorização das ações americanas, que voltaram a ter como protagonistas os papéis das “big techs”, que já andavam bastante descontados.
Na sessão, a instabilidade imperou, mas sinalizações da Casa Branca e de dirigentes do Federal Reserve (Fed) deram apoio aos ativos de risco e ajudaram as bolsas americanas.
No fim do pregão desta sexta-feira, o índice Dow Jones fechou em alta de 1,56%, aos 40.212,71 pontos, e subiu 4,95% na semana; o S&P 500 avançou 1,81% no dia e 5,70% na semana, chegando aos 5.363,36 pontos; e o índice eletrônico Nasdaq ganhou 2,06% na sessão e 7,29% na semana, com 16.724,46 pontos.
Ao observar a dinâmica recente do mercado de ações americano, o estrategista Scott Chronert, do Citi, avalia que a “tirania tarifária começa a dar lugar à perseguição dos Treasuries”.
Foi algo visto durante a sessão: as bolsas só se firmaram em alta quando houve um alívio nos juros de longo prazo americanos, sobretudo os de 30 anos, que têm estado no foco dos investidores.
“A alta das taxas tem sido rápida em termos históricos e não tem proporcionado conforto aos investidores de múltiplos ativos [cross assets] em busca de refúgio em meio à turbulência nos mercados.”
Para os mercados acionários, as reações dos rendimentos dos Treasuries e dos spreads de crédito “estão começando a prejudicar nossa estrutura de valor justo para o S&P 500”, alerta Chronert.
Ele avalia que os obstáculos ao crescimento do lucro por ação das empresas e o desempenho negativo do mercado de Treasuries “tornam difícil sustentar ‘valuations’ dos índices de ações acima da média”.
Vale notar que a sessão também foi marcada por dar o pontapé inicial na temporada de balanços referentes ao primeiro trimestre nos EUA.
Com resultados acima do esperado, as ações do J.P. Morgan subiram 3,97%; as do Morgan Stanley avançaram 1,37% após o lucro recorde entre janeiro e março; e os papéis do Wells Fargo destoaram dos demais e recuaram 1,01% no dia.
Já o índice KBW, que agrupa ações de diversos bancos americanos, encerrou a sessão em alta de 0,59%, aos 108,55 pontos, após passar parte do pregão no terreno negativo.
Bolsas da Europa
As principais bolsas europeias fecharam o pregão desta sexta-feira (11) majoritariamente em queda, na medida que os mercados reagem ao aumento nas tarifas retaliatórias da China contra os Estados Unidos, totalizando taxa de 125% sobre os produtos importados americanos, e a notícia de que Maros Sefcovic, comissário europeu para o Comércio e Segurança Econômica, irá aos EUA para chegar a um acordo sobre as tarifas.
No fechamento, o índice Stoxx 600 teve queda de 0,15%, aos 486,57 pontos. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, avançou 0,63%, aos 7.960,38 pontos.
O DAX, de Frankfurt, caiu 1,19%, aos 20.318,88 pontos, e o CAC 40, de Paris, anotou queda de 0,52%, aos 7.088,68 pontos.
Olof Gill, porta-voz de comércio da Comissão Europeia, disse para a rádio irlandesa RTE que Sefcovic vai viajar para Washington no domingo e se reunirá com autoridades americanas na segunda-feira para chegar a um acordo sobre tarifas.
Mesmo com o adiamento de tarifas pelo presidente americano Donald Trump e um possível acordo sobre o tema, o Goldman Sachs nota que as perspectivas econômicas da Europa se deterioraram ainda mais desde a semana passada, segundo suas projeções.
O banco rebaixou a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) real da zona do euro em mais 0,2%, ficando em 0,7% em 2025, implicando uma contração no terceiro trimestre e nenhum crescimento no restante do ano.
“Diante do crescimento mais fraco e de uma leve queda na inflação projetada, adicionamos um corte adicional na taxa de juros do BCE à nossa previsão, com uma taxa terminal de 1,5% (versus 1,75% anteriormente)”, disseram os economistas.
Eles atribuem suas novas projeções ao crescimento mais fraco na zona do euro, a retaliação mais cautelosa da União Europeia, o euro mais forte e o aumento da diversificação comercial vinda da Ásia.
Com informações do Valor Econômico
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