Antes do anúncio de tarifas de Trump e com pouca liquidez, Ibovespa fecha estável; dólar sobe 0,27% e vai a R$ 5,69
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O Ibovespa apresentou uma sessão bastante volátil nesta quarta-feira, em linha com o movimento registrado pelas bolsas americanas.
Mais uma vez, o pregão foi de liquidez reduzida, o que potencializou as oscilações. Investidores adotaram uma postura mais cautelosa por causa do anúncio de novas medidas tarifárias pelos Estados Unidos, que está sendo feito neste momento.
Depois de oscilar entre os 130.393 pontos e os 131.424 pontos, o índice encerrou perto da estabilidade, com leve alta de 0,03%, aos 131.190 pontos.
Ibovespa hoje
Sem o apoio de ações com peso no índice, como Vale e Petrobras, o Ibovespa teve dificuldade de registrar uma alta firme.
Na contramão da subida registrada nos preços de petróleo e do minério de ferro, as ações da mineradora caíram 0,45%, enquanto as PN da petroleira cederam 0,27%.
Entre as maiores altas da sessão ficaram os papéis do GPA, que subiram 15,84%. A disparada dos papéis fez o valor de mercado da companhia chegar a R$ 1,72 bilhão, o que seria o maior desde agosto de 2023, quando o montante bateu R$ 1,77 bilhão.
Na ponta contrária, entre as maiores desvalorizações ficaram as ações da CSN, que recuaram 5,17%.
O volume financeiro do índice na sessão foi de R$ 12,5 bilhões e de R$ 17,0 bilhões na B3.
Dólar hoje
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Com os participantes do mercado ansiosos antes do anúncio das tarifas recíprocas a serem adotadas pelos Estados Unidos, o câmbio doméstico enfrentou um dia de instabilidade, mas se manteve com oscilações entre margens estreitas na sessão desta quarta-feira.
À espera do anúncio de Donald Trump, o dólar encerrou o dia em alta contra o real, próximo do nível de R$ 5,70, em um comportamento similar ao observado em outras moedas da América Latina.
No encerramento dos negócios no mercado à vista, o dólar terminou a quarta-feira cotado a R$ 5,6986, em alta de 0,27%.
Já o euro comercial subiu 0,83% e encerrou a sessão negociado a R$ 6,1830.
Em outros mercados emergentes, o dólar operava em alta de 0,65% contra o peso mexicano no fim da tarde; subia 0,19% em relação ao peso colombiano; tinha alta de 0,98% frente ao peso chileno; e saltava 1,82% na comparação com o rand sul-africano.
Já o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis moedas principais, operava em queda de 0,40%, aos 103,844 pontos.
Bolsas de Nova York
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Em um dia marcado pela baixa liquidez e alta volatilidade dos mercados, as bolsas de Nova York terminaram o pregão desta quarta-feira (02) em alta, seguindo o movimento dos Treasuries e à espera do anúncio das tarifas recíprocas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcado para depois do fechamento dos negócios.
No fechamento, o índice Dow Jones avançou 0,56%%, aos 42.225,32 pontos, enquanto o S&P 500 subia 0,67%, aos 5.670,97 pontos, e o Nasdaq valorizava 0,87%, aos 17.601,05 pontos.
Entre as ações, o destaque foi para valorização das ações da Tesla, que subiram 5,31% após reportagem do site americano “Politico” de que Elon Musk vai se afastar de seu cargo no governo Trump.
Ao mesmo tempo, os juros dos Treasuries subiram. Perto das 17h, a T-note de 2 anos foi a 3,914% do fechamento de 3,887%.
Sobre o anúncio, um dos rumores é de que Trump estaria planejando uma tarifa de 20% sobre a maioria das importações dos Estados Unidos, mas também há relatos de que um sistema em camadas com taxas diferentes, ou uma abordagem personalizada está sendo considerado, bem como a exclusão de alguns setores sensíveis.
Bolsas da Europa
Os principais índices de ações da Europa fecharam em queda nesta quarta-feira (2), com o mercado na expectativa do anúncio, ainda hoje, de tarifas recíprocas pelo presidente americano Donald Trump, que devem afetar a União Europeia (UE).
A presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, afirmou que, se necessário, o bloco econômico agiria em retaliação às tarifas, o que pode contribuir para a escalada de tensões comerciais e aumentar ainda mais a incerteza no cenário econômico.
No fechamento, o índice Stoxx 600 teve queda de 0,61%, aos 536,35 pontos, o FTSE 100, da Bolsa de Londres, recuou 0,30%, aos 8.608,48 pontos, o DAX, de Frankfurt, cedeu 0,66%, aos 22.390,84 pontos, e o CAC 40, de Paris, caiu 0,22%, aos 7.858,83 pontos.
O Goldman Sachs espera que Trump anuncie tarifas mais agressivas contra a UE, incluindo uma tarifa recíproca de 15%.
Na visão do banco, o bloco econômico deve reagir em retaliação, mas também irá tentar reduzir as tensões comerciais o máximo possível.
“Ao contrário da guerra comercial de 2018-2020, a UE, agora, está equipada com instrumentos de política que permitem ampliar o escopo da retaliação contra as tarifas dos EUA, incluindo a imposição de tarifas sobre importações de serviços americanos”, observam os analistas.
Com informações do Valor Econômico
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