Ibovespa acima de 140 mil pontos em 2025? Segundo o BofA, só 18% das gestoras acreditam
Segundo o levantamento feito pelo banco dos EUA, percentual de gestoras que acreditam que o principal índice da bolsa brasileira pode ultrapassar essa marca caiu de 21%, em março, para 18% neste mês

O vaivém da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou a alterações no percentual de casas que esperam que o Ibovespa possa subir para além dos 140 mil pontos até o fim deste ano.
É isso o que aponta uma pesquisa feita pelo Bank of America (BofA) com gestores da América Latina.
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Segundo o levantamento, o percentual de gestoras que acreditam que o principal índice da bolsa brasileira pode ultrapassar essa marca caiu de 21%, em março, para 18% neste mês.
O estudo foi feito com 32 casas com cerca de US$ 79 bilhões em ativos sob gestão.
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Impactos da guerra tarifária na região
Segundo a pesquisa, apenas 31% dos gestores latinos responderam que os impactos da guerra tarifária já estão precificados nos ativos brasileiros, contra 16% para ativos mexicanos.
Nesse sentido, 22% dos participantes não descartam uma deterioração adicional nos preços dos ativos locais. O percentual, porém, é menor do que o esperado para o México (41%).
Para a maior parte das casas que responderam, o Brasil poderá performar além dos ativos mexicanos.
A pesquisa também trouxe um aumento no número de casas que aguardam revisões para baixo nas expectativas de lucro das empresas brasileiras em 2025, com o percentual passando de 21%, no mês passado, para 34% em abril.
O levantamento feito pelo BofA também mostrou que apenas 6% dos participantes estão com risco acima do normal nas carteiras, contra 21% no mês anterior.
Os níveis de caixa das casas também subiram para 6,6%, acima dos 6,3% vistos em março. Ambos os percentuais estão acima da média histórica de 5,3%.
Diminuição da expectativa de alta da Selic
Gestores também diminuíram a expectativa de alta da Selic ao longo deste ano. No começo de 2025, os profissionais ouvidos pela pesquisa esperavam, em média, que a taxa básica de juros atingiria o pico em 17%.
Agora, 69% das casas esperam que os juros terminais fiquem entre 14,50% e 15% e apenas 16% dos participantes aguardam que a taxa suba para além de 15%.
O estudo também trouxe que mais de 60% dos participantes da pesquisa esperam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresça entre 1% e 2% neste ano, o que seria um pouco acima do visto no mês anterior.
Na passagem de março para abril, porém, houve pouca mudança nas expectativas para o dólar ao fim deste ano, com a estimativa média permanecendo em R$ 5,80.
*Com informações do Valor Econômico