Guerra tarifária derruba bolsas europeias em 4º dia seguido

Em meio à escalada da guerra comercial e temor de recessão, os principais índices acionários da Europa caíram mais de 3%, marcando o quarto dia consecutivo de perdas. A União Europeia prepara contramedidas às tarifas americanas.

Em meio à escalada da guerra tarifária e o temor de recessão causado pela política comercial retaliatória dos países, os principais índices acionários da Europa engataram o quarto dia consecutivo de queda, desta vez com as bolsas cedendo mais de 3%. Além disso, o comissário do Comércio do bloco europeu, Maros Sefcovic, anunciou que a União Europeia (UE) está preparando contramedidas às tarifas americanas.

No fechamento, o índice pan-europeu Stoxx 600 recuou 4,58%, aos 473.62 pontos. O FTSE100 de Londres caiu 4,32%, aos 7.706,83 pontos, enquanto o DAX desvalorizou 3,90%, aos 19.837,06 pontos, o CAC 40 cedeu 4,82%, aos 6.924,08 pontos e o FTSE MIB teve queda de 5,40%, aos 32.779,23 pontos.

Os mercados globais chegaram a ter uma mudança de direção no meio do dia, após a “CNBC” noticiar que Kevin Hassett, assessor econômico de Donald Trump, disse que o governo poderia pausar a adoção das tarifas recíprocas por 90 dias. No entanto, a informação foi desmentida pela Casa Branca, e os mercados voltaram a cair.

Sefcovic disse que o bloco está preparando uma “lista robusta de contramedidas” sobre aço e alumínio em resposta à decisão dos EUA de impor uma taxa sobre as importações. Ainda assim, o dirigente disse que a UE está pronta para discutir a proposta para zerar as taxas sobre todos os produtos industriais comercializados entre as partes, mas que no momento a UE foi “forçada” a reagir.

O cenário-base do UBS GWM é de que, após uma fase inicial em que as tarifas podem continuar a subir, as taxas efetivas devem começar a cair a partir do 3º trimestre, à medida que a pressão legal, empresarial e política aumenta. Os economistas do banco também esperam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) corte as taxas de juros em 75-100 pontos-base para apoiar a economia.

“Acreditamos que, no curto prazo, é mais provável que o fluxo de notícias continue a piorar, incluindo possíveis retaliações da UE, contra-retaliações dos EUA contra a China e o fim das isenções para produtos farmacêuticos e semicondutores”, disseram.

07/04/2025 12:55:13

*Com informações do Valor Econômico

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