Pesquisa do BofA: gestoras estão mais otimistas com desempenho econômico do Brasil
O percentual de gestoras que esperam que o Brasil possa ter uma performance superior aos demais países da América Latina, como o México, cresceu em março e ultrapassou os 60%.
Esse percentual está acima dos quase 45% vistos no mês passado.
É isso o que mostra uma pesquisa feita com 33 casas da América Latina que possuem cerca de US$ 70 bilhões em ativos sob gestão e que participaram do levantamento Latam Fund Manager Study, do Bank of America (BofA).
Renda variável
No quesito renda variável, a pesquisa trouxe que apenas 21% das casas esperam que o Ibovespa supere os 140 mil pontos até o fim deste ano, o que seria próximo ao percentual visto em fevereiro.
O estudo também apontou que os setores financeiro e de concessões públicas permaneceram como os que os gestores possuem mais posições “overweight” (acima da média de mercado).
A pesquisa mostrou ainda que diminuiu o percentual de casas que esperam revisões baixistas para os lucros das empresas neste ano, saindo de 38% para 21% agora.
Dólar e Selic terminal
O estudo também trouxe alterações importantes na visão das casas sobre o dólar e sobre a Selic terminal.
Segundo a pesquisa, agora 48% das gestoras acreditam em uma moeda americana mais enfraquecida em 2025 — o que é maior do que os 19% esperados no mês anterior.
Na visão delas, o dólar deve permanecer em torno de R$ 5,80 neste ano.
O percentual de casas que esperam uma Selic acima de 15% no fim do ciclo de alta também recuou na passagem de fevereiro de março, saindo de 44% para 15% agora.
Segundo o BofA, a desaceleração da atividade brasileira, juntamente com um dólar mais fraco frente ao real, poderão ajudar a reancorar as expectativas de inflação e pavimentar o cenário para que o Banco Central realize menos altas do que o esperado anteriormente.
*Com informações do Valor Econômico
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