Trump planeja tarifa separada sobre eletrônicos em até dois meses, diz Reuters

Smartphones, computadores, que acabaram de ser isentos de tarifas sobre importações da China, enfrentarão taxas separadas, disse secretário do Comércio dos EUA

Foto: Valor Econômico
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O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, disse que smartphones, computadores e outros eletrônicos, que acabaram de ser isentos de tarifas elevadas sobre importações da China, enfrentarão novas taxas separadas, juntamente com semicondutores, nos próximos dois meses, publicou a agência de notícias Reuters neste domingo (13).

Os comentários de Lutnick no programa “This Week”, da ABC, são a mais recente reviravolta nos planos do presidente Donald Trump, anunciados em 2 de abril, numa agenda tarifária ‘”recíproca” que Trump chamou de “Dia da Libertação”.

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Na noite de sexta-feira, o governo isentou das tarifas elevadas smartphones e outros produtos eletrônicos, o que foi visto como uma grande oportunidade para empresas de tecnologia como a Apple e a Del, que dependem de importações da China.

Em um comunicado, a agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA publicou uma lista de códigos tarifários excluídos dos impostos de importação.

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Ela continha 20 categorias de produtos, incluindo computadores, laptops, unidades de disco, dispositivos semicondutores, chips de memória e monitores de tela plana.

Agora, os comentários de Lutnick sugerem que a suspensão não durará muito.

Lutnick disse que Trump promulgaria “um tipo de tarifa com foco especial” sobre smartphones, computadores e outros produtos eletrônicos em um ou dois meses, juntamente com tarifas setoriais voltadas para semicondutores e produtos farmacêuticos.

O vai e vem de Trump aumentou a incerteza de investidores, provocando as maiores oscilações em Wall Street desde a pandemia de COVID-19. O índice S&P 500, da bolsa de Nova York, caiu mais de 10% desde que Trump assumiu o cargo em 20 de janeiro.

Tarifas especiais sobre eletrônicos virão em até dois meses

As novas tarifas não se enquadrariam nas chamadas tarifas recíprocas de Trump, sob as quais as taxas sobre importações chinesas subiram para 125% esta semana, disse ele.

“Ele está dizendo que eles estão isentos das tarifas recíprocas, mas elas estão incluídas nas tarifas sobre semicondutores, que provavelmente entrarão em vigor em um ou dois meses”, disse Lutnick na entrevista à ABC.

No sábado, um funcionário da Casa Branca disse que Trump iniciaria em breve uma nova investigação comercial de segurança nacional sobre semicondutores, que poderia levar a novas tarifas.

Em resposta, Pequim aumentou suas próprias tarifas sobre importações dos EUA para 125% na sexta-feira.

O investidor bilionário Bill Ackman, que apoiou a candidatura de Trump à presidência, pediu neste domingo uma suspensão das tarifas recíprocas amplas e pesadas sobre a China por três meses, como Trump fez para a maioria dos países na semana passada.


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