Pressão de Trump para demitir Powell pode abalar o mercado financeiro

Trump tem discutido sobre a possibilidade de demitir Powell antes do fim do mandato, que acaba ao final do ano que vem

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem discutido há meses a possibilidade de demitir o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell. A conversa tem sido feita de forma privada com Kevin Warsh, ex-diretor do banco central americano, na residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, de acordo com reportagem do “The Wall Street Journal”, citando pessoas familiarizadas com o assunto. O republicano, no entanto, não tomou uma decisão.

Nas conversas com Warsh, Trump tem discutido sobre a possibilidade de demitir Powell antes do fim do mandato, que acaba ao final do ano que vem, e talvez nomear o próprio ex-diretor como substituto, disseram as fontes ao “The Wall Street Journal”.

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Trump contra Powell

Durante conferência de imprensa na Casa Branca nesta quinta-feira (17), Trump disse que não está satisfeito com o presidente do Fed e que ele não estaria fazendo um bom trabalho. “Se eu quiser que Powell saia, ele sairá [do Fed] muito rápido”, afirmou o republicano, após dizer que não está satisfeito com Powell e que ele não estaria fazendo um bom trabalho.

Warsh, no entanto, teria desaconselhado a demissão de Powell, argumentando que o presidente do Fed deveria completar seu mandato sem interferência. As conversas com o ex-diretor continuaram até fevereiro, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. Segundo várias fontes que falaram com Warsh no último ano, ele deixou a entender que o cargo no Fed praticamente já lhe foi prometido quando o mandato de Powell terminar.

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No entanto, qualquer tentativa de Trump de demitir Powell provavelmente acabaria na Suprema Corte, além da possibilidade de que a demissão de um presidente do Fed por uma divergência política abalaria os mercados financeiros. Ainda assim, o republicano sustentou durante as reuniões privadas que a lei que determina que autoridades do Fed só podem ser removidas “por justa causa” não é suficientemente forte para resistir a um desafio judicial.

A Casa Branca recusou-se a responder ao “The Wall Street Journal” e Warsh não respondeu aos pedidos de comentário.

*Com informações do Valor Econômico

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