Powell: incertezas sobre tarifas de Trump elevam inflação e preocupam Fed

Na visão de Powell, será muito difícil avaliar os possíveis efeitos econômicos das tarifas sem maior clareza sobre detalhes como quais produtos serão tarifados, por quanto tempo e se haverá negociação

Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Foto: Leah Millis/File Photo/Reuters
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve. Foto: Leah Millis/File Photo/Reuters

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, disse nesta sexta-feira em discurso que as tarifas anunciadas por Donald Trump aos parceiros comerciais dos Estados Unidos foram maiores do que o previsto e devem aumentar a inflação nos próximos trimestres.

Embora ele também reforçado que ainda há muita incerteza.

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Na visão de Powell, será muito difícil avaliar os possíveis efeitos econômicos das tarifas sem maior clareza sobre detalhes como quais produtos serão tarifados, por quanto tempo e se haverá negociação.

“Embora a incerteza continue elevada, está cada vez mais claro que os aumentos tarifários serão significativamente maiores do que o previsto”, afirmou.

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“O mesmo deve ocorrer com os efeitos econômicos, que incluirão inflação mais alta e crescimento mais lento. O tamanho e a duração desses efeitos ainda são incertos.”

Tarifas devem causar inflação

O presidente do Fed disse que, embora seja altamente provável que as tarifas gerem ao menos um aumento temporário da inflação, também é possível que esses efeitos sejam mais persistentes.

“Evitar esse desfecho dependerá da manutenção das expectativas de inflação de longo prazo bem ancoradas, do tamanho dos impactos e do tempo necessário para que eles se reflitam completamente nos preços”, afirmou.

Powell disse que a política monetária está bem posicionada para lidar com os riscos e as incertezas no cenário econômico, reforçando seu posicionamento de que é necessário maior compreensão sobre o impacto das tarifas.

Ele também vê que a economia americana ainda está “em um bom lugar”, com os dados recentes mostrando crescimento sólido, um mercado de trabalho equilibrado e a inflação acima, mas em direção, da meta de 2%

*Com informações do Valor Econômico

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