Inversão da curva de rendimento das Treasuries supera 1% negativo pela primeira vez desde 1981; entenda

Inversão ocorre quando rendimentos dos títulos de prazo mais curto ficam mais altas que os de longo prazo, um cenário considerado como indicador de recessão

A curva de rendimento dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos chegou a 1 ponto percentual negativo pela primeira vez desde 1981 após o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Senado americano.

Esta curva mede a diferença entre os rendimentos dos títulos do Tesouro com vencimento em dois anos para os que vencem em 10 anos.

Normalmente, ou majoritariamente, a tendência da curva é de subida, ou seja, a tendência de uma economia “saudável” é de que os juros de longo prazo sejam maiores do que os com vencimento no curto prazo.

A inversão ocorre, no entanto, quando os contratos de prazo mais curto ficam mais altos que os de prazo mais longo, e esse cenário é considerado um indicador de uma recessão iminente.

Após as declarações de Powell nesta terça-feira, a diferença entre os dois títulos do Tesouro ultrapassou 1 ponto percentual negativo pela primeira vez desde 22 de setembro de 1981.

Às 14h20, o rendimento da T-note (Treasurie note) de 2 anos avançava de 4,901% para 4,960%; o juro da T-note de 10 anos descia de 3,965% para 3,955% e a inversão chegava a -1,005 ponto percentual.

No início do ano, o rendimento da T-Note de 2 anos estava no patamar de 4,374% e o de 10 anos em 3,745%, com a inversão em – 0,629.

Já em março do ano passado, o rendimento do título de 2 anos estava em 1, 605% e o de 10 anos em 1,848% e não havia inversão, com o spread entre os dois yields em 0,243 positivos.

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