Guerra tarifária de Trump deixa cenário econômico global imprevisível, diz Galípolo

Para o presidente do Banco Central, 'estamos falando de um cenário de aversão a risco [mais atual], onde aquilo que é conhecido como ativo mais seguro da economia está sendo um pouco questionado'
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  • Galípolo afirma que guerra tarifária de Trump gera incerteza no mercado global.
  • Copom elevou a Selic para 14,25% considerando impacto das tarifas.
  • Cenário atual oscila entre desaceleração e aversão a risco, com alta incerteza.
  • Aumento da Selic busca mitigar os riscos da guerra comercial.
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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 13,25% para 14,25% ao ano na última reunião levou em consideração o impacto das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Apesar disso, ele disse que o impacto da guerra tarifária ainda causa muita incerteza no mercado global.

“Ao longo do primeiro trimestre deste ano, aquilo que está presente no balanço de riscos na primeira decisão do Copom, da possibilidade do impacto tarifário produzir algum tipo de desaceleração na economia EUA e, por consequência, na economia global, vai ganhando força”, disse Galípolo em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Como Galípolo vê o cenário atual

“Esse cenário sinalizou uma ideia de um dólar mais fraco e uma atividade econômica mais fraca nos EUA, essa foi a dinâmica que foi ganhando força no primeiro trimestre. E agora nós estamos meio no limite de uma interpretação que oscila entre essa, de alguma desaceleração em função da própria incerteza que posterga consumo e investimento, para um cenário de possível aversão a risco. Ou seja, de que você teria uma escalada nessa guerra tarifária e que essa escalada pode trazer um cenário de uma desacelaração mais abrupta e mais forte”, acrescentou.

Para ele, a guerra tarifária deixa o cenário mais imprevisível. “Estamos falando de um cenário de aversão a risco [mais atual], onde aquilo que é conhecido como ativo mais seguro da economia está sendo um pouco questionado”, disse.

“É perceptível entre os agentes econômicos uma dúvida sobre onde se deve procurar proteção no momento de aversão a risco, esse é o cenário que a gente está entrando. Estamos em um ambiente de elevada incerteza tanto sobre o que deve ocorrer quanto sobre quais são as consequências das tarifas”, complementou.

*Com informações do Valor Econômico

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