Mercado ainda tenso com promessa de China ‘lutar até o fim’ após nova ameaça de Trump

China promete 'lutar até o fim' contra novas tarifas americanas. Veja impacto nos mercados globais, dólar e Treasuries, além de análise da BlackRock para perspectivas futuras

Nota de yuan em montagem com indicadores econômicos. Foto: Anton Petrus/Getty Images
Nota de yuan em montagem com indicadores econômicos. Foto: Anton Petrus/Getty Images

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A China reagiu à ameaça do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de imprimir tarifas ainda maiores sobre a China, levantando o espectro de uma guerra comercial total entre as duas maiores economias do mundo.

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“Se os EUA insistirem em seu próprio caminho, a China lutará até o fim”, disse o Ministério do Comércio do país nesta terça-feira (8).

Trump disse que aplicaria uma tarifa extra de 50% sobre a China se Pequim não desistisse dos planos de retaliar contra as taxas extras que ele anunciou na semana passada.

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Em um sinal de que o governo chinês está se preparando para uma batalha prolongada, a China colocou seu peso atrás do mercado de ações e desvalorizou o yuan em relação ao dólar, puxando uma taxa de referência abaixo de um limite-chave pela primeira vez desde o outono de 2023.

Apesar das tensões crescentes, os mercados globais subiram amplamente nas primeiras horas desta terça-feira, reduzindo algumas perdas após uma liquidação contundente de três dias.

Os futuros de ações dos EUA subiam pela manhã, após a reviravolta do mercado na segunda-feira.

Olhando para a renda fixa nos EUA, nesta manhã, os rendimentos dos Treasuries, que são os títulos do governo americano, operam em leve queda, enquanto o mercado continua atento ao noticiário.

Ontem, a BlackRock revelou que mantém posições “underweight” nos Treasuries de longo prazo, ao avaliar os déficits fiscais persistentes dos EUA e a expectativa de continuidade de um nível elevado dos núcleos de inflação.

A gestora espera que os investidores exijam um prêmio maior para manter os títulos de longo prazo na carteira em um ambiente de inflação pressionada, juros altos por mais tempo e perspectiva fiscal “difícil” para os Estados Unidos.

No Brasil, a taxa DI para janeiro de 2026 abriu o dia em 14,745%, um leve aumento em relação ao ajuste de segunda-feira (7). Já a taxa DI para janeiro de 2031 abriu em 14,48% no início da sessão.

Dólar

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Já o dólar opera perto da estabilidade contra outras moedas principais na manhã desta terça-feira.

Mais cedo, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de outras seis moedas principais, operava em alta de 0,06%, aos 103,313 pontos. Já o euro operava estável (+0,01%), a US$ 1,0915; a libra subia 0,03%, para US$ 1,2737; e o dólar recuava 0,43% contra a moeda japonesa, a 147,16 ienes.

Segundo analistas, o dólar recebeu um breve impulso ontem, após rumores de que Trump poderia considerar uma pausa de 90 dias na implementação de tarifas, o que durou pouco, já que a Casa Branca reagiu e disse que o adiamento era uma “notícia falsa”.

As autoridades do governo americano tem mostrado pouca preocupação com a recente volatilidade elevada dos mercados ou com os riscos crescentes de recessão econômica nos EUA.

As próximas semanas provavelmente serão dominadas por notícias sobre o curso das ações da União Europeia.

E isso provavelmente fará com que a taxa de câmbio suba e desça dependendo do fluxo de notícias.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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