BC do Japão indica nova alta nos juros se inflação seguir trajetória esperada

O Banco do Japão diz que irá examinar cuidadosamente os desenvolvimentos econômicos globais e domésticos, incluindo as tarifas comerciais mais altas impostas pelos EUA
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  • O Banco do Japão (BoJ) sinalizou possível aumento nos juros caso a inflação continue subindo.
  • A inflação no Japão acelerou para 3,6% em 12 meses e 3,2% no núcleo.
  • O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, afirmou que o banco monitora a situação econômica global e doméstica.
  • O mercado espera manutenção da taxa de depósito em 0,5% na reunião de 1º de maio.
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O presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, observou nesta sexta-feira que a inflação tem acelerado de forma gradual no país devido aos aumentos salariais e enfatizou que continuará a orientar a política monetária com a perspectiva de atingir, de forma sustentável, a meta de inflação de 2%.

“Iremos elevar os juros se a projeção para a inflação subjacente se materializar”, afirmou o dirigente ao ser sabatinado no Parlamento japonês.

Ueda evitou fazer comentário sobre níveis cambiais específicos, mas enfatizou que a autoridade monetária japonesa irá examinar cuidadosamente os desenvolvimentos econômicos globais e domésticos, incluindo as tarifas comerciais mais altas impostas pelos Estados Unidos.

“É importante que as moedas operem de forma estável, refletindo os fundamentos econômicos”, disse o dirigente.

Qual é a situação da inflação no Japão?

Nesta sexta-feira, de acordo com dados do Ministério de Assuntos Internos e Comunicações do Japão, o índice de preços ao consumidor (CPI) do país apresentou alta de 0,3% em março e de 3,6% no acumulado em 12 meses.

O núcleo de inflação, que exclui os preços de alimentos in natura, veio em linha com o esperado, ao acelerar de 3,0% em fevereiro para 3,2% em março, o que representa um distanciamento ainda maior em relação à meta perseguida pelo BoJ.

Já o índice que exclui os preços de alimentos in natura e de energia também acelerou, ao passar de 2,6% em fevereiro para 2,9% no mês passado.

Na curva de juros japonesa, o mercado precifica, de forma majoritária, a manutenção da taxa de depósito em 0,5% ao ano na reunião que ocorre em 1º de maio, onde também é esperado que o banco central divulgue uma atualização das projeções econômicas.

*Com informações do Valor Econômico

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