Ataques à infraestrutura da Ucrânia evidenciam estratégia da Rússia de desgastar população

Veja alguns dos alvos que já foram atacados pela Rússia, que concentra forças contra portos, aeroportos, geradoras de energia e reservatórios de água, entre outros

Usina nuclear de Zaporíjia, em Enerhodar, sudoeste da Ucrânia, considerada a maior da Europa. Foto: Reprodução
Usina nuclear de Zaporíjia, em Enerhodar, sudoeste da Ucrânia, considerada a maior da Europa. Foto: Reprodução

As forças russas na Ucrânia, além dos óbvios alvos militares, concentram seus ataques em instalações de infraestrutura, como portos, aeroportos, geradoras de energia, reservatórios de água, antenas de radiodifusão, etc.

As ações deixam clara a estratégia de guerra de exaustão, por meio da qual o sítio prolongado afeta o estado psicológico do inimigo e “quebra” seu moral. A exaustão é um método usado por estrategistas militares há milhares de anos e tem como objetivo forçar a rendição e reduzir baixas.

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Desde o início da invasão, ataques russos têm evidenciado esse plano.

Estes são alguns deles:

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  • Aeroportos Sikorsky e Hostomel, nos arredores de Kiev

A tomada, neste caso seguida de ocupação, dos dois aeroportos tem o objetivo não só de minar a defesa aérea ucraniana. Mas também cortar eventuais linhas de suprimentos por aviões, na preparação de tomada da capital.

  • Antonov-225 Mriya

O bombardeio russo que destruiu o maior cargueiro do mundo, o Antonov-225, no aeroporto de Hostomel, privou a Ucrânia do mais eficiente equipamento para abastecer e, eventualmente, romper o isolamento de Kiev. Construído ainda na época da União Soviética, nos anos 80, ele tinha capacidade para transportar 650 toneladas de carga ou 1.500 pessoas.

  • Torre de TV, em Kiev

O ataque russo com mísseis que destruiu a torre de TV da capital ucraniana ocorreu depois que o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que teria como alvo instalações de transmissão de Kiev usadas pela agência de inteligência da Ucrânia. Pouco antes do ataque, os russos advertiram as pessoas que moram perto de antenas parecidas a deixar suas casas.

  • Usinas de energia

O avanço russo sobre a usina nuclear Zaporizhzhia, em Enargodar, tem como objetivo assumir o controle do fornecimento de entre 20% a 25% da energia elétrica consumida em toda a Ucrânia. A usina, que chegou a ter um edifício incendiado na quinta-feira, em meio ao ataque, é a maior da Europa. Nos últimos dias, os russos têm avançado também sobre outra usina atômica do sul da Ucrânia e já controlam o complexo de Chernobyl – entre a fronteira com Belarus e Kiev. Chernobyl já não produz energia, mas ainda está em processo de desligamento.

  • Reservatórios de água

Forças russas têm feito avanços sobre represas que abastecem Kiev de água potável e outros reservatórios ao longo do Rio Dnieper. Na sexta-feira, autoridades da cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, denunciaram a interrupção do fornecimento de água em consequência de pesados ataques dos russos.

  • Portos

Kherson  – sob controle russo – Mariupol e Odessa, três dos mais importantes portos comerciais da Ucrânia, estiveram sob pesado bombardeio de mísseis e de artilharia russa desde o início da invasão. Além disso, a Marinha russa controla totalmente as águas do Mar Negro e do Mar de Azov, isolando por completo o leste da Ucrânia. Na quinta-feira, um navio cargueiro de propriedade estoniana e bandeira panamenha afundou perto do porto de Kherson, supostamente ao tocar numa mina.    

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