Após 2024 forte, setor de embalagens projeta desaceleração em 2025
Devido à maior instabilidade tanto no cenário interno quanto externo, a Associação Brasileira de Embalagens (Abre) projeta um crescimento mais tímido na produção em 2025, entre 0,2% e 1%.
A estimativa contrasta com o forte desempenho do setor em 2024, ano em que a produção de embalagens cresceu 6,7%, segundo balanço divulgado pela Abre.
O valor bruto da produção (VBP) totalizou R$ 165,9 bilhões no período, representando 3,0% do total de VBP da indústria de transformação.
Apesar do resultado positivo, o último trimestre do ano passado deu sinais de uma desaceleração. De outubro a dezembro, a produção recuou 4,1%, sendo que a queda foi disseminada entre todos os tipos de embalagens.
Exportações e importações do setor
As exportações do setor reduziram em 5,5% em 2024, totalizando R$ 519,7 milhões. Os principais recuos foram observado em chapas metálicas (-16,3%), papel/papelão (-12,9%), madeira (-11,5%) e vidro (-11,4%).
As importações, por sua vez, somaram R$ 553,9 milhões, queda anual de 9,1%. Nesse caso, as principais reduções foram na madeira (-65,8%) e no vidro (-36,5%). Os demais materiais tiveram crescimento.
Para este ano, a expectativa de crescimento é menos otimista. A projeção da Abre é de um avanço médio de 0,6%, com variações entre 0,2% e 1%.
Segundo a associação, as principais justificativas para essa desaceleração são a falta de clareza em relação aos preços dos insumos — especialmente após a guerra comercial deflagrada pelo presidente americano Donald Trump — a pressão na inflação de alimentos e os juros elevados, que reduzem a demanda por bens duráveis.
*Com informações do Valor Econômico
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