Alckmin: programa Mover permitirá economia de R$ 8 bi em combustíveis entre 2027 e 2031
Estudo feito pelo próprio governo e parte do pressuposto que, com o programa, será possível reduzir o consumo de combustíveis fósseis em 1,5 bilhão de litros no período

O Mobilidade Verde e Inovação (Mover) permitirá que os consumidores economizem R$ 8 bilhões em combustível entre 2027 e 2031.
A afirmação foi feita nesta quarta-feira pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, em entrevista coletiva para detalhar um dos decretos que regulamentam o Mover.
Pensando em como gastar menos para investir mais? Inscreva-se agora e tenha acesso gratuito à 'Planilha de Controle Financeiro'. É só baixar e começar!
O estudo foi realizado pelo próprio Mdic e parte do pressuposto que, com o programa, será possível reduzir o consumo de combustíveis fósseis em 1,5 bilhão de litros no período.
“Teremos veículos com melhor eficiência energética”, disse Alckmin durante a entrevista, concedida no Mdic, em Brasília.
Últimas em Economia
Como funciona o Mover
O Mover foi lançado pelo governo federal em 2023 com o objetivo de fortalecer o setor automotivo.
Entre outras medidas, o programa prevê a concessão de R$ 19,3 bilhões em créditos financeiros para empresas do setor até 2028.
Já o decreto em questão, assinado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), regulamenta metas ligadas à emissão de dióxido de carbono e à reciclabilidade.
No primeiro caso, por exemplo, obriga que as empresas que participam do programa reduzam em 50%, até 2030, as emissões do ciclo do “poço à roda” registradas em 2011.
No segundo caso, veículos de passageiros de até oito lugares e fabricados a partir de 1º de janeiro de 2027 precisarão ter 80% de material reciclado ou reutilizável.
Outros pontos ligados ao Mover ainda estão pendentes de regulamentação, como a implantação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Verde.
Anfavea pede antecipação de aumento no imposto de importação
Antes da entrevista, Alckmin participou de reunião com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A associação pleiteia a antecipação da alíquota de 35% do Imposto de Importação, prevista para entrar em vigor em 1º de julho do ano que vem, sobre veículos elétricos e híbridos.
O vice-presidente afirmou apenas que a proposta “está sendo analisada neste momento”.
Governo trabalha para reverter tarifas dos EUA
A respeito das tensões comerciais causadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ele disse que o “diálogo continua” entre técnicos do Mdic e do Itamaraty, de um lado, e autoridades do governo americano, do outro.
O objetivo é reverter as tarifas de 25% cobradas pelos Estados Unidos sobre aço, alumínio e bens do setor automotivo exportados pelo Brasil, além da tarifa “recíproca” de 10% sobre os demais bens.
Alckmin disse também que o “Brasil precisa estar atento a oportunidades” de, em meio às tensões dos outros países com os Estados Unidos, expandir as exportações de bens agropecuários e industriais.
No entanto, reforçou que o governo federal realizará também um “monitoramento de exportações” de outros países para a economia brasileira, a fim de evitar um aumento brusco das importações decorrente dessas mudanças nas cadeias globais de comércio.
*Com informações do Valor Econômico