BB Seguridade tem lucro de R$ 1,4 bi no 2º trimestre, um aumento anual de 87%

Bom resultado levou seguradora a melhorar projeções para seu desempenho neste ano

Edifício sede do Banco do Brasil, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Edifício sede do Banco do Brasil, em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A BB Seguridade registrou lucro líquido no segundo trimestre de 2022 de R$ 1,406 bilhão, alta de 86,6% sobre o mesmo período de 2021. No primeiro semestre, o lucro líquido atingiu R$ 2,585 bilhões, com avanço de 49,4% sobre o período de janeiro a junho do ano anterior.

No semestre, o resultado operacional não decorrente de juros cresceu 25,1% na comparação anual, para R$ 3,385 bilhões. Já o resultado financeiro alcançou R$ 398,6 milhões no primeira metade de 2022, conseguindo reverter o resultado negativo de R$ 37 milhões no mesmo período de 2021.

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Conforme a holding, “a elevação da taxa Selic, o menor impacto da diferença de índices de inflação no resultado financeiro dos planos de benefício definido da Brasilprev e a expansão do saldo médio de ativos financeiros explicam o desempenho”.

A BB Seguridade destacou ainda ter ocorrido um impacto negativo de R$ 236 milhões em sinistros de seguro rural decorrentes do fenômeno La Niña. Mesmo assim houve queda da sinistralidade no segundo trimestre com recuo de 23,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2021.

Os prêmios emitidos de seguros no segundo trimestre cresceram 22,9% ante o mesmo intervalo de 2021, para R$ 3,872 bilhões.

Projeções

A BB Seguridade revisou para cima suas projeções (guidance) de resultado operacional e prêmios emitidos em 2022. Já o guidance para reservas de previdência foi mantido. Para o resultado operacional não decorrente de juros (ex-holdings), o guidance foi revisado para alta de 15% a 20%, ante projeção anterior de +12% a 17%.

Segundo a companhia, o desvio observado no intervalo desta projeção “é justificado em grande parte pelos prêmios emitidos acima do esperado e pela sinistralidade da Brasilseg abaixo da projetada, uma vez que o impacto da variante ômicron foi bem menor do que o estimado inicialmente”.

O guidance para os prêmios emitidos da Brasilseg passou de crescimento de 10% a 15% para aumento de 20% a 25%.

Em relação aos prêmios emitidos da Brasilseg, a alta na projeção ocorreu pelo crescimento de prêmios dos seguros rurais, “em função de aumento tanto da demanda como do capital segurado médio, a recuperação das vendas no seguro prestamista, com melhora na originação e incremento de margem consignável, e a expansão do seguro residencial, devido ao bom desempenho de vendas”.

Já para as reservas de previdência – PGBL e VGBL da Brasilprev – foi mantido o guidance de 9% a 13%. “Apesar de o crescimento no período de 12 meses ter sido de 3,9%, a variação do saldo de reservas em relação a dezembro/21, data de referência para as projeções, foi de 3,7% nos seis primeiros meses de 2022, o que seria equivalente a uma taxa de crescimento de 7,5% em termos anualizados, ficando abaixo, mas bem mais próxima, do intervalo de estimativas”, diz a BB Seguridade, no comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“Utilizando a taxa acumulada no semestre anualizada como referência, o desvio se justifica pela abertura da estrutura a termo de taxa de juros, ocorrida com maior intensidade na segunda metade do mês de junho”, acrescenta.

A holding afirma ainda que, “levando em consideração as projeções internas para o exercício fechado, que contempla o resultado realizado do primeiro semestre de 2022 e as expectativas mais recentes de indicadores macroeconômicos e do negócio, a companhia decidiu revisar para cima os intervalos para o resultado operacional não decorrente de juros (exholdings) e para os prêmios emitidos da Brasilseg, e julga ainda factível convergir o crescimento das reservas de previdência (P/VGBL) para o intervalo vigente”.

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