Analistas: Vale (VALE3) terá resultados impactados por queda de preços do minério no 1º tri

Maior projeção para o lucro líquido foi do BTG Pactual, que estima um ganho de US$ 2,247 bi entre janeiro e março, enquanto a menor projeção foi do Itaú BBA, com US$ 1,1 bi
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  • Analistas projetam queda de 1,78% no lucro líquido da Vale no 1º trimestre de 2024, atingindo US$ 1,65 bilhões.
  • A receita líquida deve cair 9,69%, para US$ 7,63 bilhões, e o Ebitda, 10,5%, para US$ 3,112 bilhões.
  • Queda nos preços do minério de ferro e pelotas impacta resultados, apesar do aumento nas vendas.
  • Projeções variam entre bancos, com o BTG Pactual estimando lucro maior e o Itaú BBA, menor.
  • Apesar da previsão de queda, o Itaú BBA se mantém otimista com a Vale, destacando a divisão de metais básicos.
  • UBS BB mantém rating neutro para ações da Vale devido às tensões comerciais e desaceleração chinesa.
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Menores preços do minério de ferro e pelotas devem contribuir para uma leve queda no resultado da Vale (VALE3) no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado.

Estimativas de cinco bancos obtidas pelo Valor apontam para um lucro líquido médio de US$ 1,65 bilhão da mineradora no primeiro trimestre, o que, caso se confirme, significará uma queda de 1,78% frente aos três primeiros meses do ano passado.

Expectativas em relação ao balanço

A receita líquida média prevista é de US$ 7,63 bilhões e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), é de US$ 3,112 bilhões.

Caso se confirmem, significarão recuos de 9,69% e de 10,5%, respectivamente, frente aos três primeiros meses de 2024. Foram compiladas estimativas de Itaú BBA, UBS BB, Goldman Sachs, Citi e BTG Pactual.

A maior projeção para o lucro líquido foi do BTG Pactual, que estima um ganho de US$ 2,247 bilhões entre janeiro e março, enquanto a menor projeção foi do Itaú BBA, com US$ 1,1 bilhão.

A receita líquida variou entre a projeção de US$ 5,1 bilhões do UBS BB e a estimativa de US$ US$ 8,4 bilhões do Goldman Sachs. As projeções para o Ebitda oscilaram entre os US$ 3 bilhões do Goldman Sachs e os US$ 3,2 bilhões do Itaú BBA.

Depois que a mineradora divulgou o relatório de produção do primeiro trimestre na terça-feira (15) da semana passada, o Itaú BBA afirmou que se mantém “confortável” as estimativas de lucro líquido de US$ 1,1 bilhão, receita líquida de US$ 8,2 bilhões e Ebitda de US$ 3,2 bilhões.

“Na divisão de ferrosos, esperamos que os embarques mais elevados na comparação anual sejam mais que compensados pelos menores preços realizados e pelos custos mais elevados”, diz o relatório assinado pelos analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares.

Vendas de minério de ferro

A mineradora fechou o primeiro trimestre com vendas de minério de ferro e pelotas de 66,1 milhões de toneladas, 3,6% a mais na comparação com os três primeiros meses do ano passado.

Em contrapartida, os preços realizados dos finos de minério de ferro caíram 9,8% na mesma comparação, para US$ 90,8 por tonelada, enquanto o preço realizado de pelotas recuou 18,1%, para US$ 140,8 por tonelada.

Para a divisão de metais básicos, o Itaú BBA projeta um aumento do Ebitda, fruto de custos menores e maiores volumes de níquel e cobre.

Segundo o relatório de produção, as vendas de cobre no primeiro trimestre subiram 6,6% frente a igual período de 2024, para 81,9 mil toneladas métricas, com um preço médio realizado de US$ 8.891 por tonelada, 15,7% acima dos três primeiros meses do ano passado.

A produção de níquel avançou 17,5% na mesma comparação, para 38,9 mil toneladas e preço médio realizado de US$ 16.106 por tonelada, queda de 4,4%.

O UBS BB, em relatório assinado pelos analistas Caio Greiner, Myles Allsop e Arthur Biscuola, afirma que continua a enxergar um “progresso operacional sólido para a companhia” e uma mudança em andamento que pode ajudar as ações no médio prazo.

Entretanto, o banco mantém o rating neutro para as ações da companhia por conta do cenário de pressão dos mercados de minério de ferro devido às crescentes tensões comerciais e à desaceleração do crescimento chinês.

A divulgação dos resultados do primeiro trimestre da Vale está prevista para quinta-feira (24), após o fechamento do mercado.

*Com informações do Valor Econômico

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