Petrobras (PETR4) garante: petróleo em baixa não vai impactar política de dividendos
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Os preços espremidos do petróleo no mercado internacional, atualmente na casa de US$ 65 o barril do tipo Brent, não deve impactar na política de distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) da Petrobras (PETR4).
Durante teleconferência nesta terça-feira (13), o diretor financeiro e de relacionamento com investidores da Petrobras, Fernando Malgarejo, tratou de acalmar o mercado, que teme uma mudança na distribuição de dividendos como resultado do menor patamar da commodity, associada ao aumento das despesas da companhia.
Ele afirmou que a política de remuneração da empresa garante dividendos compatíveis mesmo com preços menores do petróleo.
“Nossas decisões são todas tomadas com o preço do petróleo na casa de US$ 45. Estamos estudando medidas adicionais (em gastos) para reforçar a resiliência da empresa”, afirmou.
Dividendos da Petrobras no foco
A Petrobras, que divulgou balanço financeiro referente ao primeiro trimestre de 2025, anunciou o pagamento de R$ 11,7 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). O valor foi considerado um pouco abaixo das estimativas do mercado.
Em relatórios distribuídos por bancos, os analistas consideraram que o resultado veio abaixo das expectativas. Eles se mostraram especialmente preocupados com a tendência de aumento dos investimentos combinada com a perspectiva de preços mais baixos do petróleo.
Isso, segundo o Citi, “pode levar a uma revisão para baixo das projeções de dividendos pelo mercado”.
De acordo com o BTG, “embora o trimestre reforce a tese de investimento na Petrobras em termos de geração de caixa e entrega operacional, o aumento da dívida líquida para US$ 56 bilhões reduz parte da folga no balanço”.
“Qualquer aumento na ambição de investimentos pode comprometer a visibilidade dos pagamentos”, seguiu o banco.
Acionista da Petrobras pode esperar dividendo extraordinário?
Em respostas a questionamentos do tipo, Fernando Malgarejo disse que o compromisso da Petrobras segue intacto.
“Quero reiterar nosso compromisso com o dividendo ordinário dentro da metodologia: 45% sobre o fluxo de caixa livre. É uma metodologia autoajustada. Quando aumenta o caixa, aumenta o dividendo. O contrário também é verdadeiro”.
Durante a teleconferência, os executivos não deram indicaram a distribuição de dividendos extraordinários.
No entanto, o diretor financeiro da Petrobras ressaltou que o pagamento não está descartado.
“Os dividendos extraordinários vão depender da geração de caixa. Se tiver caixa acima do nível que a gente entende o esperado, a gente fará a distribuição”, afirma.
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