Magazine Luiza (MGLU3) perde força no e-commerce e ações despencam na bolsa

Queda de vendas no e-commerce e decepção no lucro líquido fazem ações do Magalu (MGLU3) despencarem no Ibovespa nesta sexta-feira (9)

Pela primeira vez desde que passou a divulgar resultados como companhia listada na bolsa de valores, o Magazine Luiza perdeu força em vendas no e-commerce, tanto em vendas de produtos próprios (1P) quanto em marketplace (3P). A desaceleração da companhia no online chamou a atenção de analistas, que temem uma queda na receita apurada pela varejista de Luiza Trajano pelo resto do ano. As ações do Magalu (MGLU3) despencam no Ibovespa em meio à desconfiança do mercado.

O lucro líquido ajustado do Magalu no primeiro trimestre caiu 62% em relação a igual período de 2024. Na última linha, a companhia obteve resultado de R$ 11,2 milhões frente aos R$ 29,8 mi registrados no ano passado. O dado, afetado por pré-pagamento de recebíveis e aumento de despesas financeiras, veio abaixo das estimativas do mercado.

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Magalu perde volume no e-commerce e ações MGLU3 caem

O e-commerce do Magazine Luiza perdeu participação no total de vendas da companhia no primeiro trimestre, algo inédito para a companhia que foca principalmente no volume bruto através de seus vendedores em marketplace.

As ações do Magalu (MGLU3) despencam hoje, na sexta-feira, após a companhia divulgar seus resultados ontem à noite. Analistas ressaltam a perda de participação no e-commerce.

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A fatia de vendas online sobre o total caiu de 71,5% para 69,7% em 12 meses. Nos canais digitais, vendas em marketplace saíram de um crescimento de 6,4% no 1º tri de 2024 para recuo de 1,8%.

Vendas de e-commerce próprio encolheram ainda mais, de 2% para 2,6%, na base de comparação anual.

No agregado, o e-commerce do Magalu, que crescia 1,8% há um ano atrás, começou os primeiros três meses de 2025 com redução de 2,6% no volume geral de vendas.

Em termos de comparação, o Goldman Sachs aponta em relatório que o Mercado Livre obteve crescimento de 30% no volume total de vendas online no mesmo período.

Para o Banco Safra, a perda de fôlego no online é explicada pela dificuldade no mercado de varejo de eletroeletrônicos e linha branca. Contudo, a rentabilidade do Magalu, novo foco da companhia para Frederico Trajano, CEO, veio abaixo do esperado pelos analistas.

A receita líquida de R$ 9,8 bilhões do Magalu no primeiro trimestre representou alta de 2% na base de comparação anual, mas veio 2% abaixo da previsão do Safra.

Apesar de Safra e Goldman ressaltarem que o balanço do Magalu veio misto, o Citi destaca que os números do primeiro trimestre vieram abaixo do esperado.

Tanto para o consenso de mercado quanto em relação ao do próprio banco.

Citi foca em alta de despesas inesperada do Magalu

O Citi foca na surpresa negativa oriunda de alta em despesas financeiras do Magazine Luiza.

Para o banco, a resposta sobre as ações do Magalu (MGLU3) deve permanecer negativa, portanto. O prejuízo financeiro da companhia aumentou 27%, saindo de R$ 383 milhões para R$ 488 mi na base anual.

“O principal aspecto negativo do balanço foi o prejuízo financeiro”, destaca João Pedro Soares, analista do Citi, cujo previsão para o número era 31% menor do que o reportado.

“O dado veio pior devido ao pagamento no pré-pagamento de fornecedores de R$ 241 milhões, acima do esperado”, completa Soares.

Por fim, o Citi tinha uma estimativa de R$ 69 milhões de lucro líquido contra os R$ 13 mi divulgados pelo Magalu.

Bancos ressaltam, por outro lado, que a geração da caixa de R$ 321 milhões no trimestre é um alívio para a desalavancagem do Magalu. A dívida da varejista roda hoje a 2,7 vezes EV/EBITDA.

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