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Alavancagem é risco? Guilherme Benchimol vê potencial nas ações de empresas endividadas

Ao ser indagado sobre o que pode decolar na bolsa de valores brasileira nos próximos meses, Guilherme Benchimol, fundador e presidente do conselho da XP Investimentos, diz que espera uma ascensão do Ibovespa somente a partir de 2027, com o desfecho das eleições presidenciais de 2026.
Claro, Benchimol espera que “qualquer governo que seja eleito, seja este reeleito ou um novo” terá que resolver o problema das contas públicas.
O empresário afirma que “o pior já passou” quando se trata dos problemas fiscais enfrentados pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Para o fundador da XP, a partir de análises da corretora, os juros devem cair de 14,25% a.a. para 8% a.a. em dois anos, e ações de empresas com elevado endividamento tendem a ter maior potencial de ganhos na B3.
O fundador da XP falou em evento do escritório autônomo da corretora, Fami Capital, na sexta-feira (11).
Dólar mais fraco e bolsa mais forte
Benchimol acredita que o pior já passou no estresse entre mercado financeiro e governo. Na visão do fundador da XP, não deve haver corte de despesas daqui até as eleições de 2026, por serem medidas impopulares.
Ajustes em gastos do governo central viriam depois do pleito, o que leva Benchimol a crer que 2027 será “mais difícil para a economia real e melhor para a bolsa de valores”.
“Setores mais alavancados na bolsa tendem a se beneficiar. Temos que imaginar que os juros devem cair (do patamar atual)”, disse.
“Ou senão teremos um cenário hiperinflacionário”, completou.
Nos cálculos dele, a Selic pode cair dos atuais 14,25% a.a. para 8% a.a. até 2027.
Estados Unidos
Benchimol disse também que o mercado americano vem passando por uma correção necessária, com o choque tarifário de Donald Trump, presidente dos EUA.
Para ele, a bolsa americana “ainda está cara e tem mais espaço para realizar lucros”.
“O S&P hoje negocia na proporção de 20 vezes o preço das ações sobre o lucro por papel. Esse é um patamar ainda superior à média do índice de 15 vezes”, pontuou.
Ainda no cenário internacional, o fundador da XP disse que a oscilação do dólar para baixo pode ser boa notícia para mercados emergentes, como o Brasil.
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