Eletrobras (ELET3; ELET6) sai do lucro para prejuízo no 1º trimestre de 2025
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A Eletrobras (ELET3; ELET6) teve prejuízo líquido ajustado de R$ 81 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro líquido ajustado de R$ 447 milhões verificado um ano antes.
Segundo a companhia, o resultado foi impactado negativamente pela reversão de R$ 952 milhões relativos ao processo de revisão tarifária periódica de contratos de transmissão da Chesf.
A receita líquida ajustada da Eletrobras subiu 19,5% no primeiro trimestre, na comparação anual, para R$ 10,41 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recuou 2,5% no trimestre encerrado em março, para R$ 4,41 bilhões.
A dívida líquida ajustada da Eletrobras caiu 3,8% nos três primeiros meses de 2025, para R$ 39,27 bilhões.
Com isso, a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustada da Eletrobras encerrou o primeiro trimestre em 1,5 vez, contra 2,2 vezes há um ano.
Citi avalia resultados da Eletrobras no 1º trimestre
A Eletrobras divulgou resultados fracos no primeiro trimestre de 2025, aponta o relatório do Citi.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) regulatório (excluindo equivalência patrimonial) atingiu R$ 5,114 bilhões, mas, quando ajustado, ele totaliza R$ 5 bilhões, uma queda de 3,0% na comparação anual e bem abaixo da estimativa do banco, de R$ 5,9 bilhões.
O Ebitda regulatório é ajustado negativamente pelo programa de desligamento voluntário (R$ 96 milhões), custos de rescisão (R$ 53 milhões) e provisões relacionadas a empréstimos compulsórios (R$ 166 milhões), e positivamente pela venda da TPP Santana (R$ 48 milhões) e acordo com fornecedores (R$ 85 milhões).
A diferença em relação à projeção se deve principalmente aos custos maiores de compra de energia, R$ 1,7 bilhões ante R$ 1,2 bilhões estimados, impactados por liquidações maiores no mercado de curto prazo, decorrentes de uma estratégia deliberada de aumentar as vendas no mercado livre de energia, bem como por diferenças regionais de preços e desalinhamentos entre submercados.
Segundo os analistas, o destaque positivo veio do controle de custos. Embora a empresa tenha reportado uma melhora na linha de pessoal, material, serviços e outros (queda de 8,0% na comparação anual), as projeções do Citi consideravam uma redução de 15% no ano. No fim, a melhora nos custos veio principalmente de menores despesas com pessoal e provisões.
Apesar dos resultados abaixo do esperado, o Citi mantém a recomendação de compra para as ações, com preço-alvo fixado em R$ 53,00. No fechamento desta quarta-feira (14), os papéis da Eletrobras eram negociados a R$ 43,18.
Ações da Eletrobras: Goldman Sachs mantém recomendação de compra
A Eletrobras apresentou resultados abaixo do esperado no primeiro trimestre, impactada por maiores custos com aquisição de energia e estabilidade nas receitas, diz o Goldman Sachs.
Os analistas Bruno Amorim, Guilherme Bosso e Guilherme Costa Martins escrevem que o Ebitda ajustado de R$ 5 bilhões ficou 19% abaixo de suas estimativas, enquanto as receitas de R$ 9,7 bilhões foram 2% aquém do esperado.
O banco destaca que o resultado operacional da Eletrobras foi fraco, com a companhia sofrendo com sua exposição às variações de preço nos submercados, enquanto administrativamente a empresa manteve boa tendência de redução de dívida.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para Eletrobras, com preço-alvo em R$ 48 para as ações ordinárias e R$ 53 para as preferenciais classe “B”.
Com informações do Valor Econômico
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