Pressão sobre dividendos da Petrobras (PETR4) aumenta; Citi e BTG acendem alerta para dívida

Analistas veem riscos para investir em Petrobras (PETR4) por dividendos e esperam revisão de proventos após resultados do 1º trimestre

O resultado da Petrobras no primeiro trimestre de 2025 acendeu alguns alertas no mercado financeiro nesta terça-feira (13). O BTG Pactual diz que a tese de investir na petroleira está ficando mais arriscada hoje pelo aumento da dívida líquida da companhia. Já o Citi diz que os dividendos da Petrobras (PETR4) devem cair daqui para frente.

Apesar de entregar lucro líquido de R$ 32,5 bilhões, alta de quase 50% frente ao 1º tri de 2024, o lucro operacional, medido pelo EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), veio abaixo das expectativas do mercado.

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As ações da Petrobras chegaram a cair no início do pregão desta terça-feira (13) aos números divulgados. Mas reverteram a tendência negativa.

Dividendos da Petrobras (PETR4) devem cair, diz Citi

A queda do preço do barril de petróleo no cenário internacional e o plano de investimentos em despesa de capital da Petrobras (PETR4) podem reduzir as estimativas de dividendos a serem pagos pela estatal ainda neste ano.

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A avaliação é de analistas do Citi, que destacam que o resultado da petroleira foi marginalmente positivo e “sem grandes surpresas”.

“O resultado indica que o mercado deve reajustar expectativas sobre os dividendos da Petrobras (PETR4)”. É o que dizem Gabriel Barra, Pedro Gama e Andrés Cardona, analistas que assinam o relatório.

O Citi reafirma a recomendação neutra para ações da Petrobras, justamente porque a tendência da atual gestão da Petrobras, é aumentar investimentos.

Magda Chambriard, presidente-executiva da Petrobras, disse nesta terça-feira que a companhia deve “apertar os cintos” em razão da queda do petróleo. Ela, sobretudo, reforçou uma postura mais austera da Petrobras em meio à depreciação da commodity.

Houve estabilidade no EBITDA e, ao mesmo tempo, aumento no capex para US$ 4 bilhões no primeiro trimestre. Há 12 meses, a despesa de investimentos em capital da estatal batia US$ 3 bilhões.

Na terça-feira, a Petrobras anunciou o pagamento de R$ 11,7 bilhões em proventos. A distribuição veio abaixo do consenso do Citi. Bancos esperavam um repasse dentre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões, ou R$ 17 bi na cotação atual. O dividendo, portanto, ficou na projeção mínima.

Para o Citi, os dividendos da Petrobras (PETR4) vieram abaixo do esperado.

Risco de investir na Petrobras (PETR4) ficou maior, diz BTG

Outro destaque negativo do balanço da Petrobras foi o salto em dívida líquida e endividamento sobre lucro operacional.

Na base de comparação anual, a dívida líquida da Petrobras saltou de US$ 43 bilhões para US$ 56 bilhões, fechando o trimestre com alavancagem de 1,45 vezes seu EBITDA.

Com barril de petróleo Brent por volta de US$ 70 na cotação global, o BTG vê uma queda na margem de segurança para novos investimentos da Petrobras.

Ao mesmo tempo, nota que o custo de extração de óleo da estatal ficou estável no primeiro trimestre deste ano frente ao do ano passado. Isso também sufoca os dividendos da Petrobras (PETR4), de acordo com o BTG.

“Embora o trimestre reforce a tese de investimento na Petrobras em termos de geração de caixa e entrega operacional, o aumento da dívida líquida para US$ 56 bilhões reduz parte da folga no balanço”, diz a equipe de analistas do BTG coordenada por Luiz Carvalho.

“Qualquer aumento na ambição de investimentos pode comprometer a visibilidade dos pagamentos”, seguiu.

O BTG Pactual tem recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4).

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