B3 (B3SA3) agrada com 1º tri, mas melhor momento da ação já foi, dizem analistas

Após uma escalada de quase 40% do papel em 2025, o espaço para novas altas diminiu, segundo BTG Pactual e Goldman Sachs

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Analistas seguiram com uma visão majoritariamente positiva para as ações da B3 nesta sexta-feira (9), após os resultados do primeiro trimestre de 2025 em linha com as expectativas. No pregão, o ativo da operadora de infraestrutura de mercado (B3SA3) subia levemente.

Porém, as casas de investimentos notaram que, após uma escalada de quase 40% do papel neste ano até agora, o potencial de alta adicionais parece menor.

“Embora reiteremos nossa postura positiva em relação à ação, sinalizamos que a alta ‘fácil’ se concretizou um pouco mais rápido do que havíamos previsto”, afirmou o BTG Pactual em relatório. Eduardo Rosman e equipe do BTG, porém, seguiram com recomendação de compra para B3SA3.

Na mesma linha, o Goldman Sachs sustentou recomendação compradora para o ativo, em particular após a escalada de 8% na quinta-feira, horas antes da divulgação dos resultados.

B3SA3: analistas preveem manutenção de resultados robustos

A B3 anunciou na noite da véspera que teve lucro de R$ 1,1 bilhão de janeiro a março (alta de 16% ano a ano), em linha com as estimativas da maior parte do mercado.

Para o Goldman, o destaque positivo do trimestre foi o controle de custos.

Já o BTG notou que o mercado de ações continua perdendo relevância nas receitas totais, enquanto o restante do negócio tem crescido a um ritmo de dois dígitos.

Além disso, eventos recentes ajudaram a impulsionar as ações. Um deles foi a vitória da B3 em uma disputa fiscal bilionária com a Receita Federal, em um caso de mais de 10 anos, que remetia ainda ao processo de fusão da BM&F e Bovespa, que deu origem à companhia.

Ademais, houve a incorporação da Neoway e da Neurotech, em 1º de abril, que deve permitir benefícios fiscais de ágio.

O BTG ainda vê a B3SA3 como uma ação defensiva, já que tem uma prática de pagamentos de dividendos e faz recompras de ações com frequência.

E, apesar do crescente ruído sobre a chegada de concorrentes para a B3, Rosman e equipe avaliam que isso levará tempo para se se concretizar.

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