Ânima (ANIM3) dispara na bolsa após balanço do 1º trimestre superar expectativas
As ações da Ânima (ANIM3) disparavam 15% na máxima da sessão desta sexta-feira (9) da B3 após divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025. O Citi destacou em seu relatório que a companhia apresentou bons resultados com Ebitda superando marginalmente as estimativas do banco em 4%.
Os analistas dizem ainda que a receita ficou em linha com números projetados e começou a ganhar força, alta de 5%, impulsionada pela retomada do crescimento no segmento “core” (presencial) de 2% na comparação anual, incluindo um crescimento positivo de 9% na captação do começo do ano.
O Ebitda ajustado ficou acima ligeiramente, mas foram compensadas por menores despesas de vendas, aperto firme corporativo e outras despesas mais baixas.
Como resultado, o lucro recorrente atingiu R$ 115 milhões, “superando nosso número em 15% auxiliado por impostos positivos. Em outros lugares, estimamos um sólido fluxo de caixa livre recorrente de R$ 70 milhões, ficando aquém da nossa estimativa de R$ 102 milhões”.
Lucro da Ânima (ANIM3) no 1º trimestre
A Ânima Educação reportou lucro líquido de R$ 95,7 milhões no primeiro trimestre, o que representa uma melhora anual de 48,3%. No mesmo período, as receitas somaram R$ 1,04 bilhão, alta de 5%.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado chegou a R$ 431,6 milhões, alta anual de 9%. A margem Ebitda ajustada também subiu, de 40% para 41,5%.
A base total de alunos caiu 1,44% no ano, para 381,2 mil alunos. O tíquete médio da Ânima Core (principal segmento da companhia) subiu 4,9%, para R$ 901 mensais, enquanto o tíquete médio do ensino digital avançou 4,2%, para R$ 233. Já o tíquete do Inspirali, que reúne os cursos de medicina, cresceu 7,1%, para R$ 10.124 por mês.
As despesas gerais e administrativas cresceram 4,7%, para R$ 113,2 milhões. Já o resultado financeiro ficou negativo em R$ 171,2 milhões, uma piora de 14,7% sobre o resultado negativo de R$ 149,2 milhões registrado no primeiro trimestre de 2024.
Abertura de cursos e vagas de EAD
O atraso no marco regulatório do ensino a distância por parte do Ministério da Educação (MEC) está afetando as matrículas, segundo Átila Simões, vice-presidente de finanças da Ânima.
Desde meados do ano passado, está proibida abertura de novos cursos e vagas de EAD.
A companhia acredita que o desempenho trimestral poderia ter sido melhor no ensino a distância caso as regras já tivessem sido definidas. A pasta planeja mudar pontos como exigência de maior presencialidade em cursos remotos.
Ainda assim, a companhia acredita que se as regras vierem dentro das sinalizações do MEC, a Ânima poderá ser beneficiada porque tem condições para se adequar às novas exigências do marco regulatório.
A empresa ainda informou que se surgirem boas oportunidades para aquisição de faculdades de medicina poderá ocorrer. A Ânima teve todos os seus pedidos de abertura de cursos de medicina por liminar negados até o momento.
*Com informações do Valor Econômico
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