JHSF e Moura Dubeux disparam e otimismo com construtoras vai além do Minha Casa, Minha Vida

Moura Dubeux (MDNE3) e JHSF (JHSF3) disparam na bolsa; veja o que tem impulsionado as ações de construtoras

Empreendimento com piscina de ondas integra fundo imobiliário de luxo. Fonte: JHSF
Empreendimento com piscina de ondas integra fundo imobiliário de luxo. Fonte: JHSF

O setor de construção experimenta um 2025 memorável na bolsa de valores até aqui. E, apesar de boa parte dos ganhos estar concentrado nas ações de construtoras de baixa e média renda, impactadas pelo Minha Casa, Minha Vida, algumas construtoras de alta renda, como JHSF (JHSF3) e Moura Dubeux (MDNE3), também mostram fôlego.

Nesta quinta-feira (15), após divulgação de resultados, MDNE3 e JHSF3 avançavam com ganhos que passavam dos 11% e 6%, respectivamente. No ano, Moura Dubeux sobe mais de 75%. JHSF, mais de 40%.

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MDNE3: diversificação e demanda sólida no NE

Na opinião do Itaú BBA, a Moura Dubeux (MDNE3) tem avaliação “ligeiramente positiva”. O “mix de projetos” é um dos fatores que ajudaram a construtora. Além da diversificação, o Itaú BBA comemora a “sólida demanda” na região Nordeste, onde a companhia atua.

Anteriormente, no começo do mês, a construtora havia divulgado seus números operacionais. E o nível de vendas no trimestre estava 13% acima da projeção do Itaú BBA.

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Agentes atualizam expectativas para MDNE3

O Itaú BBA mostra otimismo cauteloso com a construtora, dado que a ação já acumula alta de 75% no acumulado do ano e está sendo negociada a 0,9x Preço/valor contábil.

Assim, o banco coloca preço-alvo de R$ 20 para os papéis, projeção parecida com a do Banco Safra, que vê os papéis batendo R$ 20,60. Hoje, as ações passaram dos R$ 18.

A XP é mais otimista, vê os resultados apresentados como robustos e fala em “perspectivas sólidas” para 2025. A recomendação da XP para a MDNE3 é de compra.

Eleven Financial, que também cobre a companhia na bolsa, corrobora o otimismo com os papéis e crê que o valuation está muito descontado – com a empresa negociando a 5 vezes o seu preço/lucro – “Não se justifica”, segundo Malek Zein, analista de ações da Eleven.

Por isso, o analista acha que a companhia ainda tem espaço para forte upside e recomenda compra.  

Moura Dubeux avança com modelo que contabiliza receita mais rapidamente

Este ano, a Moura Dubeux (MDNE3) tem focado nos lançamentos dentro do segmento de condomínios, que é a obra por administração.

“Nesse tipo de modelo você tem uma VSO e um POC ou seja, uma contabilização das receitas, muito mais rápido”, explica Malek Zein, analista de ações da Eleven Financial, que tem a Moura Dubeux como top pick no setor de construção civil.

Nesse modelo, a construtora não tem um estande de venda. Ela vende como cotas em um fundo de investimento, que é o próprio empreendimento. Depois, ela é paga para construir.

Resultados operacionais da JHSF

O último relatório do Itaú BBA, antes dos resultados, indicava avaliação neutra para a companhia logo após a divulgação dos dados operacionais, no final de março.

Apesar dos ganhos nas operações de shoppings (+20% ano contra ano), as vendas na divisão de construção residencial se mantiveram estáveis.

Ações de construtoras: receita bruta e ebitda impulsionam JHSF3

Agora, com os resultados trimestrais finais, o mercado pareceu mais animado e os papéis registram forte alta, com os investidores confiando que a receita bruta (37% mais alta na comparação anual) e a alta de 61% do Ebitda ajustado indicam potencial de mais valorizações para os papéis nos próximos meses.

O Santander destacou que o Ebitda ajustado da JHSF (JHSF3) foi o grande destaque positivo, ficando 9,8% acima da expectativa do banco, com impulso da margem bruta, também mais forte que a esperada.

Ainda assim, o lucro líquido ficou 7,4% abaixo da estimativa do Santander, “pressionado por despesas financeiras”. Isso reduziu o otimismo do Santander quanto à companhia.

Assim, o banco vê os resultados como “neutros” e mostrou alguma preocupação com as sequenciais queimas de caixa da construtora.

Recomendação e preço-alvo

O Santander não é tão otimista quanto ao fôlego das ações da JHSF (JHSF3) e coloca preço-alvo em R$ 4,20, abaixo do patamar desta quinta-feira, quando as ações passaram dos R$ 5. Nesse sentido, a recomendação do banco é neutra para ações.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.

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